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Máquinas TOMRA têm capacidade média de triar cinco toneladas de resíduos por hora

Fundada em 1972, na Noruega, a TOMRA é reconhecida pela inovação na triagem e reciclagem, com a missão de criar um mundo sem desperdícios. Iniciou sua trajetória com o design, fabricação e venda de máquinas de retorno automático (RVMs) para a coleta automatizada de garrafas usadas. Globalmente, conta com aproximadamente 105 mil instalações, em mais de 100 países.

No Brasil (onde tem filial, e não apenas uma representação), a marca atua com a divisão TOMRA Recycling desde 2011, dedicada à separação de resíduos pós-consumo. Das mais de 140 máquinas instaladas na América Latina, a maioria (quase 100) está no Brasil. Os funcionários são treinados dentro do país e na Alemanha, onde fica a sede da divisão.

As empresas têm o poder e a responsabilidade de gerir os recursos do planeta, algo que está alinhado com a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), no Brasil, que obriga o setor corporativo a garantir a destinação correta de, ao menos, 22% dos resíduos produzidos. Além disso, o país ainda enfrenta grandes desafios de logística e estrutura para o reaproveitamento dos materiais, o que torna as iniciativas de incentivo à reciclagem ainda mais importantes.

“Oferecemos soluções avançadas para essas questões, pois disponibilizamos a tecnologia para separação de resíduos e metais, por meio de maquinários, que permitem acelerar os processos de reciclagem de determinados materiais”, destaca Daniel Ghiringhello, head of sales da TOMRA no Brasil. O destaque da TOMRA no país é o AUTOSORT™, considerado o sistema de triagem mais completo do mundo há 30 anos, capaz de separar uma grande gama de materiais, como plástico, papel, resíduos sólidos entre outros.

Para a organização, o constante desenvolvimento tecnológico é indispensável para oferecer um produto final eficiente. O GAINnext™, a mais recente inovação da TOMRA, utiliza uma câmera RGB para reconhecer objetos com base em sua forma, tamanho ou dimensão, por meio de deep learning, uma ferramenta da Inteligência Artificial. A tecnologia pode destacar, por exemplo, se uma embalagem específica foi usada para armazenar comida ou não, uma tarefa que representou, por anos, um grande desafio para a indústria.

A identificação se baseia em sensores e resulta em materiais com mais granularidade, além de garantir processos de separação automatizados, algo que, para o especialista, pode ajudar a aumentar a circularidade de materiais no Brasil, além de trazer condições mais dignas de trabalho para os profissionais de cooperativas.

“Também oferecemos o TOMRA Insight, uma plataforma baseada em nuvem que transforma as máquinas de triagem em fonte de informação. A ferramenta permite monitorar constantemente o desempenho dos equipamentos, além de identificar e resolver rapidamente os problemas, reduzindo o tempo de inatividade não planejado e aumentando a capacidade de separar e reduzir custos operacionais”, destaca Daniel.

Mais qualidade para a reciclagem

O cenário de resíduos no mundo é preocupante. As taxas de produção crescem anualmente, e muito pouco disso está vindo dos materiais pós-consumo. Segundo a Plastics Europe, a produção global de plástico atingiu 390,7 milhões de toneladas em 2021, sendo 90% baseada em resina virgem e apenas 8% de plásticos reciclados. Em contraponto, as estruturas de coleta, triagem e reciclagem estão evoluindo, mas não o suficiente para acompanhar a demanda.

Alguns desses gargalos podem ser superados com soluções de triagem baseadas em sensores, como as oferecidas pela TOMRA. “Como parte do processo, a separação de flocos reduz a diferença, tanto na quantidade quanto na qualidade, sejam eles poliolefinas (PO), polietileno tereftalato (PET) ou uma série de outras aplicações”, conta o especialista. “Isso nos permite criar frações de alta pureza de um determinado material. Portanto, é um passo que está diretamente relacionado à qualidade final das matérias-primas”, completa.

Quando não há soluções avançadas de triagem, o produto final acaba sendo uma mistura de diferentes polímeros, o que resulta em material final de qualidade inferior e reduz as possibilidades de aplicação. Com o auxílio da tecnologia, os recicladores podem aprimorar seus produtos, criar novas fontes de receita e ampliar sua estrutura.

As aplicações da empresa não se resumem, apenas, ao mercado de plástico, mas também ajudam a criar novos padrões para a reciclagem de metais. Sistemas como X-TRACT™ e AUTOSORT™ PULSE ajudam a suprir a demanda por sucata desse material, sendo eficiente ao diferenciar tipos de ligas, itens sobrepostos e removendo substâncias estranhas que estejam em contato com o alumínio. “Estamos falando especialmente do alumínio – não o das latinhas – da indústria de construção, que ainda não tem uma circularidade eficiente no Brasil”, diz.

O equipamento da TOMRA também permite a classificação de alta capacidade em uma ampla gama de aplicações, trazendo também vantagem para funcionários. “Conseguimos fazer com que o material de entrada, independentemente de sua condição, seja classificado com precisão”. É importante que o mercado da reciclagem no Brasil tenha acesso à inovações capazes de dar escala aos resultados, para que o volume recolhido, triado e transformado seja cada vez maior, acelerando a transição para uma economia circular.

Fonte: Agência EComunica