O Departamento de Economia e Estatística da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ) elaborou uma pesquisa e revelou que os fabricantes preveem investir mais de R$ 6,7 bilhões em 2021, uma alta 31,6% em relação ao volume investido em 2020, quando realizou em torno de R$ 5,1 bilhões de investimentos contra R$7,6 bilhões previstos, o que representa uma variação de 33% (realizados/previstos).
A pesquisa ainda apontou que as grandes empresas estão mais dispostas a investir em 2021 com uma previsão de 59% contra 41,3% das médias empresas e 34,9% das micro e pequenas. “Dada a incerteza do cenário de crise ocasionada pela pandemia do coronavírus, muitas empresas suspenderam seus investimentos e até mesmo fecharam suas portas no ano passado. Agora em 2021, com a perspectiva de recuperação motivada, principalmente pela vacinação contra a Covid-19, as empresas estão otimistas para recuperarem seus investimentos suspendidos em 2020”, afirma João Carlos Marchesan, presidente do Conselho de Administração da ABIMAQ.
Entre os investimentos esperados para 2021, 36% (22,1%/2020) devem ser destinados para ampliação da capacidade industrial, 34,2% (33,4%/2020) para na modernização tecnológica, 21,9% (32,5%/2020) na reposição de máquinas depreciadas e 8% (12%/2020) em outras áreas. “Em função da perspectiva do aumento das vendas de 6,9% em 2021, as empresas estão ampliando seu parque industrial e os postos de trabalho para atenderem as encomendas”, explica Marchesan.
O setor vem apresentando nos últimos anos uma relação muito baixa entre investimentos sobre receita líquida de vendas, chegando a ficar em 3% em 2015. Já em 2020, este valor foi de 3,4%, muito aquém de outros anos, quando chegou ao pico de 14,4% em 2007. “Para um processo de retomada consistente do crescimento por meio do investimento será preciso melhorar as condições de financiamentos, tanto para capital de giro, como para a modernização ou ampliação das estruturas produtivas”, ressalta Marchesan.
Segundo presidente da ABIMAQ, para melhorar a segurança dos investimentos também é preciso reduzir a insegurança jurídica, excesso de burocracia e o Custo Brasil, além de simplificar e diminuir a carga tributária. “Sem investimentos o Brasil não vai crescer e não vai gerar emprego. As prioridades para 2021 são o combate à pandemia da Covid-19, vacinação em massa e combate à falta de competitividade dos setores produtivos brasileiros por meio redução do Custo Brasil. O Brasil precisa aprovar as reformas tributária, PEC emergencial e reforma administrativa”.
Fonte: Vervi Assessoria