O primeiro trimestre de 2025 foi marcado por um cenário desafiador para o setor de distribuição de plásticos no Brasil. Embora os números apontem crescimento nas vendas dos associados da ADIRPLAST (Associação Brasileiras dos Distribuidores de Resinas e Afins) o desempenho do setor tem sido influenciado pelo ambiente de instabilidade e incertezas que tem dominado o cenário internacional, especialmente diante do agravamento da guerra tarifária entre China e Estados Unidos. No total, as empresas ligadas à entidade comercializam, entre janeiro e final de março deste ano, 99.669 toneladas de produtos, o que representa um aumento de 7,6% em relação ao último trimestre de 2024. A comparação com o primeiro trimestre de 2024 não é aplicável, uma vez que a entidade ganhou novos associados desde aquele período.
Na análise por categorias, as resinas commodities (PEAD, PEBD+L, PP e PS) tiveram alta de 9,2%, somando 86.816 toneladas. Já os plásticos de engenharia (ABS-SAN, Borrachas, Poliacetal, Acrílico, Policarbonato, EVA, PBT, Elastômeros Termoplásticos, Poliamida 6 e 6.6) registraram queda de 6,1%, totalizando 11.386 toneladas. O segmento de masterbatches e compostos teve o melhor desempenho percentual, com alta de 46%, chegando a 1.467 toneladas vendidas.
Segundo o vice-presidente da ADIRPLAST, Laercio Gonlçaves, “vivemos um momento em que fatores econômicos e geopolíticos se entrelaçam e impactam diretamente o ambiente de negócios. A cotação do dólar, que recentemente atingiu R$ 5,61, pressiona os custos de toda a cadeia produtiva – especialmente para setores que dependem da importação de insumos, como o de resinas plásticas.”
A entidade também acompanha de perto possíveis mudanças na dinâmica de fornecimento de resinas, com a expectativa de que o cenário internacional possa abrir espaço para novos entrantes no mercado local ou redirecionar rotas comerciais. “Para o Brasil, que importa volumes relevantes de resinas, esse contexto representa um ponto de atenção importante, com impactos tanto na competitividade dos produtos quanto no acesso a determinados insumos. É justamente nos ciclos mais difíceis que se abrem oportunidades para aqueles que investem em estrutura, inovação e relacionamento de longo prazo”, completa o executivo.
Para o segundo trimestre deste ano, diz Gonçalves, a expectativa é de um ambiente ainda volátil, mas com possível estabilização da demanda interna.
Fonte e foto: divulgação: Baião de 3 Comunicação