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Brasil expõe na feira mais importante do setor de laboratório no Oriente Médio

Empresas brasileiras visam grandes negócios, uma vez que o território árabe é dependente de importações

Empresas associadas à ABIMO (Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios) e que fazem parte do Projeto Brazilian Health Devices, executado pela entidade em parceria com a Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), participarão entre os dias 6 e 9 de fevereiro da MEDLAB, feira voltada totalmente para o setor de laboratório do Oriente Médio. Será o primeiro ano em que a MEDLAB irá acontecer fora da Arab Health, maior evento do setor de saúde do Oriente Médio, que ocorre no Centro de Convenções de Dubai.

A região dispõe de elevada renda per capita, população com alto índice de consumo, economia progressiva, baseada na liberalização e diversificação. As empresas brasileiras Bioclin, Biomedtech, DK Diagnostics, Indrel, Labtest, LB Diagnóstica e Lupetec terão a oportunidade de participar de uma importante plataforma de negócios em busca de novos mercados. As companhias apresentarão ao Oriente Médio reagentes de diagnóstico ou de laboratório, diagnóstico In Vitro, aparelhos e instrumentais para análises clínicas, testes laboratoriais, refrigeradores para laboratório e produtos para hematologia.

De acordo com Clara Porto, gerente de marketing e exportação da ABIMO, os países árabes têm demanda geral por produtos e dispositivos na área da saúde. “Quase não há produção nacional do setor, a região é bastante dependente de importações. Observa-se uma grande aceitação de produtos brasileiros, por isso esperamos bons contatos e negócios rentáveis”, diz.

Os números dos últimos três anos elevam as expectativas em relação às vendas brasileiras do setor de saúde ao Oriente Médio. Composta por Arábia Saudita, Afeganistão, Bahrein, Emirados Árabes Unidos, Iêmen, Iraque, Irã, Jordânia, Qatar, Síria, Turquia, Kwait, Líbano e Omã, a região importou um montante de US$ 11.911.462 das empresas brasileiras em 2015, valor 12% superior à somatória de importações de 2014.

“De maneira geral, as perspectivas para exportar para o Oriente Médio são sempre positivas, por significar uma diversificação de mercados e pelo fato de que esta região tem se mostrado simpatizante dos produtos brasileiros e do modo de negociar que a cultura brasileira carrega consigo”, avalia.
Ainda de acordo com os números de 2015, quatro países são responsáveis por 95% das exportações brasileiras ao Oriente Médio: Emirados Árabes Unidos, Turquia, Irã e Arábia Saudita.

Expectativas dos expositores
A Bioclin já atua na região com reagentes de diagnósticos humano e veterinário, principalmente com foco em bioquímica e biologia molecular. “Pela primeira vez apresentaremos produtos de biologia molecular e anemia equina na área de veterinária. A empresa pretende consolidar e expandir sua presença transatlântica”, disse Danilo Andrade, responsável pela área de comércio exterior da empresa.

“Identificar os requisitos para atuar no mercado asiático e o levantamento de potenciais clientes” são os principais objetivos da Labtest durante a feira, segundo a gerente de negócios internacionais, Renata de Almeida. A empresa levará produtos da linha de bioquímica básica, voltados para a medição de glicose, colesterol, triglicerídeos, entre outros.

De acordo com Caio Martins, diretor administrativo da Lupetec, a intenção da empresa, durante a MEDLAB, é a prospecção de negócios na localidade que possui um crescimento acentuado no setor. “Nós já participamos da Arab Health e da MEDLAB. Na próxima edição levaremos nossa linha de Micrótomos utilizados para produzir cortes sequenciais em amostras incluídas em parafina e outros materiais do segmento laboratorial, industrial e de pesquisa”, conta Martins.

“As expectativas são boas, a região tem mostrado uma capacidade maior de absorção de nossos produtos, e os mesmos estão sendo buscados por clientes novos, os quais nós conhecemos durante as feiras anteriores”, ressalta Paulo Francisco Windlin, gerente de relações comerciais e exportação da DK Diagnostics, companhia que já atua no território árabe por meio de kits para detecção de parasitas em fezes e Kit para exame de Papanicolau. “Estaremos apresentando, de forma definitiva, o nosso GPT – Green Pap Test, o qual foi apresentado no ano passado, mas que ainda não estava no mercado. No próximo ano, esse novo produto já estará sendo comercializado para toda a região”, acrescenta.

Com a participação no evento, o diretor técnico e comercial da Biomedtech, Carlos Benzoni, almeja encontrar novos parceiros comerciais e distribuidores com o propósito de ampliar o universo de clientes ao redor do mundo. “Fabricamos reativos de hematologia para análises clínicas em nossa fábrica de Guarulhos, São Paulo”, pontua o diretor, que ainda complementa: “Vamos promover nossa linha completa de produtos, incluindo reativos para contadores hematológicos da linha Coulter, Abbot Laser (5 Diff) e para quase todos os equipamentos de hematologia do mercado mundial”.

SOBRE O BRAZILIAN HEALTH DEVICES
O PS (Projeto Setorial) Brazilian Health Devices, executado pela ABIMO em parceria com a Apex-Brasil, tem como missão fomentar as exportações das indústrias de artigos e equipamentos da área da saúde. Brazilian Health Devices é a marca que reúne as indústrias exportadoras do setor e as representa internacionalmente.

SOBRE A ABIMO
A ABIMO (Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios) é a entidade representante da indústria brasileira de produtos para a saúde que busca promover o crescimento sustentável do setor no mercado nacional e internacional.

SOBRE A APEX-BRASIL
A Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) tem a missão de desenvolver a competitividade das empresas brasileiras, promovendo a internacionalização dos seus negócios e a atração de investimentos estrangeiros diretos. A Apex-Brasil apoia, atualmente, mais de 12 mil empresas de 80 setores produtivos da economia brasileira, que exportam para mais de 200 mercados. A Agência também coordena os esforços de atração de IED (investimentos estrangeiros diretos) para o país.

Fonte: SEGS