De acordo com a Associação Brasileira do Alumínio (ABAL), o consumo doméstico de produtos transformados de alumínio em 2022 registrou o volume de 1.526,3 mil toneladas, representando queda de 3,6% na comparação com o ano de 2021 (1.583,9 mil toneladas). O resultado confirma a tendência já sinalizada em levantamento divulgado pela entidade em novembro de 2022 (queda de 3,9%).
Representando 89% do total de consumo, o volume de origem nacional foi de 1.354,5 mil toneladas – queda de 2,8%. Já as importações, com decréscimo de 9,8% em relação a 2021, atingiram 171,8 mil toneladas.
A análise desse resultado deve levar em conta que em 2021 foi registrado o maior volume da série acompanhada desde 1972. O consumo daquele ano foi impactado pelo forte impulso da atividade econômica pós-pandemia.
“Tivemos dois anos atípicos como comparação. A queda acentuada em 2020 provocada pela necessidade de isolamento social em função da Covid-19. E, em 2021, o estouro do consumo represado com o fim das restrições de circulação. Em 2022, houve uma acomodação do mercado em patamares realísticos. Mesmo assim, crescemos em relação ao nível pré-pandêmico de consumo, que era de 1.494,7 mil toneladas em 2019”, explica Janaina Donas, presidente-executiva da ABAL.
Desempenho dos principais segmentos consumidores de alumínio
Embalagens, que têm apresentado sucessivos crescimentos anuais, em 2022 registrou queda de 4,4% em comparação a 2021. O resultado é consequência, em parte, do desempenho negativo do segmento de latas de alumínio para bebidas.
Transportes é o destaque positivo, com crescimento de dois dígitos (17,5%) na comparação com 2021. O bom desempenho se deve, principalmente, ao mercado de rodas de alumínio, impulsionado por novos investimentos dos fabricantes.
Construção Civil registrou queda de 8,3% em 2022, com o arrefecimento da demanda por produtos extrudados de alumínio, refletindo o efeito da diluição dos auxílios emergenciais e o aumento da inflação e taxa de juros, que dificultam o acesso ao crédito.
O segmento de Eletricidade, embora siga uma dinâmica diferente dos demais mercados, acompanhando o cronograma de entrega de cabos de alumínio para as linhas de transmissão, também registrou queda de dois dígitos (14,4%).
Bens de Consumo apresentou queda de 14,1%. O resultado pode ser explicado pela base de comparação alta de 2021, ainda com influência da mudança de hábitos durante a pandemia determinando maior demanda por utensílios domésticos. Além disso, o segmento é o mais afetado pela elevada taxa de juros, que reduziu o crédito e o poder de compra das famílias no período.
Máquinas e Equipamentos, com queda de 3% em relação a 2021, acompanhou o desempenho do setor. Segundo a sua entidade representativa, o segmento apresentou recuo de 5,9% no ano passado.
Fonte: GBR Comunicação