Longe ainda da bonança, mas já mais estável, o mercado de plásticos BOPP-PET vive tempos mais calmos. “Nossa expectativa é de que, neste ano, o mercado volte a patamares de seis/sete anos atrás”, explica Marco Antônio Cortz, da Papion.
Cecília Vero, diretora da TIV Plásticos, conta que a estabilidade deste ano é fruto da melhor gestão das empresas do setor: “As margens são mais apertadas e os volumes menores, o destaque positivo diz respeito à saúde financeira das empresas da cadeia, que aparentam estar em melhor situação. Temos visto números significativamente menores de problemas ligados ao crédito”.
Cláudia Savioli, diretora da Polymark concorda: “A inadimplência deste ano foi bem menor que a de 2016. No nosso caso, não tivemos nenhuma inadimplência este ano”, comemora.
Retomada
Com maior estabilidade do mercado, os distribuidores voltam a fazer planos de crescimento. Em 2018, acredita o diretor da Papion, o aumento das vendas deve girar em torno de 2,5%. Já Marcelo Lheritier, gerente comercial da Replas, acredita no crescimento de 3% em relação a 2017. A diretora da TIV Plásticos explica: “Com a expectativa da continuidade da melhora da economia e com a possível expansão do crédito de forma geral, os volumes tendem a melhorar”.
Mas Cláudia Saviola reforça que este crescimento precisa estar vinculado a mudanças: “Como empresários temos sempre que ter esperanças de que as reformas tributárias, trabalhistas e econômicas do país acontecerão e isso melhorará as expectativas de emprego, produção e investimentos. Se o Brasil não voltar a ser economicamente estimulado, os mercados continuarão vendendo só commodities, com preços cada vez mais apertados. A crise internacional também poderá afetar o câmbio, ou seja, tudo isso dificulta o planejamento estratégico das empresas, dependemos de muitas variáveis, porém, o importante é manter uma base sólida, com boa comunicação e ação, além de bons parceiros, colaboradores e clientes”, afirma.
Mercado
Atualmente, a ADIRPLAST conta com sete associados que trabalham com BOPP-PET – Replas, TIV-Plásticos, Limer-Cart, Polymark, Papion, Tecnofilme e BP Filmes. Juntos, eles representam 70% desse mercado. “No BOPP respondemos por aproximadamente 75% do mercado nacional de distribuição e no BOPET são cerca de 55%”, explica Cecília Vero.
Para Vero, o grande alcance das associadas se deve a excelência: “As autorizadas tem no mínimo 10 anos, com isso, adquiriram e desenvolveram capilaridade e alcance necessários para atenderem tal mercado. A relação de longo prazo com todos os grandes fornecedores locais contribui para esse posicionamento fortalecido. E a ADIRPLAST ajuda a fomentar práticas saudáveis e éticas no mercado, defendendo os interesses da indústria como um todo”, explica.
Manter a preferência em um mercado cada vez mais competitivo não é fácil, conta a diretora da Polymark: “Estamos há um bom tempo no mercado, enfrentando as mesmas dificuldades de novos players e de revendedores que não oferecem os mesmos serviços e que têm custos menores. Eles apenas criam no mercado a falsa expectativa de preços baixos, sem nenhum vínculo com entrega de serviço ou preocupação com o negócio do cliente, enquanto a distribuição, armazena, corta, fraciona, flexiona e agiliza todo o processo da cadeia”.
Atendimento e entrega são outros pontos destacados pelos distribuidores como chaves para a manutenção do mercado de BOPP-PET. “As indústrias vendem bobinas fechadas por pallets, já nós, distribuidores, podemos fracionar e atender exatamente o pedido do cliente, seja no tamanho e na quantidade”, explica Pereira. “Com um prazo de entrega menor ao de 48 horas ajudamos os nossos clientes a terem menos custos de estoque”, finaliza Lheritier, da Replas.
Fonte: Baião de 3 Comunicação