A Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados (ABIMAPI) divulga hoje os dados referentes ao desempenho das exportações em 2018. Juntas, as três categorias representadas pela entidade atingiram mais de 120 países ao redor do mundo com um total de 71,7 mil toneladas de produtos e movimentaram US$ 136,6 milhões, aumento de 11% em volume de vendas e 6% em faturamento em relação a 2017.
Os Estados Unidos é o principal destino das exportações brasileiras do setor. Lá, as vendas atingiram US$ 33 milhões e 12 mil toneladas. O país compra todos os tipos de produtos do setor, mas o destaque fica por conta do panetone. “Nesse último período, a categoria atingiu mais de US$ 8 milhões e 3 mil toneladas em vendas só para os norte-americanos, entre os quais brasileiros residentes fora do Brasil que fazem jus ao chamado ‘mercado da saudade’. Assim, mais da metade de todas as exportações de panetones brasileiros ao mundo também encontraram espaço para as festividades como Thanksgiving e, claro, o Natal”, ressalta Rodrigo Iglesias, diretor internacional da entidade.
Os países do MERCOSUL se destacam entre os maiores mercados compradores, representando 45% de todas as vendas internacionais do setor. “Somente o Paraguai foi o principal destino das exportações de produtos do setor dentro do bloco em 2018, além de ser a segunda região mais importante no mundo das vendas internacionais das empresas associadas à ABIMAPI, seguido por Uruguai e Argentina, respectivamente”, pontua Iglesias.
Nos últimos quatro anos as vendas internacionais dos produtos representados pela ABIMAPI também se fortaleceram em mercados da América Andina, a exemplo do Chile, Peru, Bolívia e Colômbia. Nesses países, os consumidores locais e mesmo estrangeiros já conseguem identificar com facilidade no varejo marcas brasileiras de biscoitos, waffers, macarrão, massa instantânea, bolos, panetones, cereais, pão de queijo, entre outros. Em países lusófonos, como Portugal, Angola e Moçambique, também já é possível encontrar os produtos do setor nas gôndolas.
Boa parte dos desafios de expansão de mercados esbarram, atualmente, em temas de barreiras tarifárias e não tarifárias. O setor está atento e buscará cada vez mais atuar sob temas de defesa de interesses, tais como: rotulagem de alimentos, proibição e/ou redução de ingredientes na composição de produtos, entre outros. “Para a ABIMAPI, não adiantará estabelecer acordos de redução de tarifas de importação se o tema regulatório não estiver contemplado. Os países precisam criar acordos de facilitação de negócios e harmonização regulatória no âmbito alimentício para que seja possível permitir a troca comercial, pois sem isso, muitas negociações internacionais perdem sua força para a indústria”, reforça o executivo.
Desde 2015, a ABIMAPI desenvolve ações e diversas ferramentas para iniciar e incrementar as vendas mundiais de suas associadas. Para isso, criou um comitê específico que presta assessoria, promove e impulsiona a inserção das empresas no mercado internacional, além de auxiliar na participação em feiras e congressos no exterior, tanto na formação dos grupos de empresários quanto na locação da área de exposição, montagem dos estandes e layout que destaca o Brasil.
Em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), a entidade mantém o projeto setorial Brazilian Biscuits, Pasta and Industrialized Breads & Cakes. O último convênio renovado, com vigência até 2019, prevê o investimento total de R$ 4,1 milhões. Este valor é investido em ações de promoção, capacitação e competitividade para exportação. “Para este ano, o nosso foco estará em sete países-alvo: Estados Unidos, Portugal, China, Colômbia, Nigéria, Emirados Árabes e África do Sul”, finaliza Rodrigo Iglesias.
Fonte: TREE Comunicação