O iFood, a Polen e a Orla Rio, firmaram parceria para retirar mais de 4 mil toneladas de lixo das praias da cidade do Rio de Janeiro. Com o projeto Recicla Orla, o plano das empresas é equipar, até 2024, todos os quiosques e postos de salvamento situados entre o Leme e o Pontal com pontos de entrega voluntária (PEVs), onde os frequentadores poderão dar o destino correto para os resíduos gerados. Serão, ao todo, 325 pontos de coleta espalhados por 34 quilômetros de praia.
Atualmente, o projeto conta com 24 PEVs instalados nos quiosques de Ipanema e Leblon, com os quais foram coletadas mais de 150 toneladas de resíduos sólidos, evitando a emissão do equivalente a 86 toneladas de CO² no meio ambiente. “Só no primeiro ano, quando eram apenas sete PEVs, conseguimos dar o destino correto para mais de 138 toneladas de resíduos. A chegada da pandemia acabou impactando no resultado do último ano. Mas, agora, com a vacinação avançando e expansão para toda a zona sul, nossa expectativa é recolher 200 toneladas de resíduos por mês”, conta João Marcello Barreto, presidente da Orla Rio, concessionária que administra os quiosques entre o Leme e o Pontal.
Até o próximo mês, serão 56 pontos de entrega voluntária instalados nas praias da zona sul à disposição dos frequentadores e moradores da região para o descarte adequado de resíduos sólidos. O objetivo do Recicla Orla é fomentar a economia circular. O lixo vira dinheiro, que é recolocado em circulação, beneficiando toda a população. De acordo com a Polen, cleantech focada em logística reversa, dar a destinação correta para as 4 mil toneladas de lixo significa devolver à sociedade 1,7 milhão de reais. Além disso, a iniciativa ajuda milhares de famílias, cujas fontes de renda vêm única e exclusivamente da reciclagem, assim como, protege a vida marinha e os oceanos. Um levantamento da ONG Oceana, divulgado em dezembro, mostra que o Brasil despeja 325 mil toneladas de lixo plástico por ano no mar.
O dinheiro gerado do lixo recolhido na orla carioca é obtido na forma de créditos de logística reversa. Funciona assim: o lixo coletado dos PEVs vai para o centro de triagem do Recicla Orla, onde são separados, compactados e comercializados com empresas recicladoras. Por meio da tecnologia blockchain, essa transação se transforma em tokens, que podem ser comercializados entre as empresas. A plataforma desenvolvida pela Polen permite ainda que, tanto o cidadão que deposita seu lixo, como as empresas que adquirem créditos de logística reversa, saibam o destino dos resíduos coletados e no que se transformaram. Cada PEV tem um QR Code que, quando acessado, permite esse acompanhamento.
“Queremos devolver o protagonismo de cidade sustentável ao Rio de Janeiro. É o município que sediou a Eco-92 e a Rio+20, por exemplo, iniciativas de sustentabilidade global, que tem, portanto, esse tema como prioridade ao longo das últimas décadas. Além disso, precisamos cuidar das praias cariocas, um dos principais ativos não só da cidade, mas do Brasil”, explica Renato Paquet, CEO e fundador da Polen.
Guardiões da Orla
Este segundo ano do Recicla Orla contará ainda com o reforço dos Guardiões da Orla, que farão um trabalho de sensibilização junto aos barraqueiros e às escolinhas de esportes, que têm papel fundamental na disseminação do projeto para mais frequentadores das praias. Cada barraqueiro e escolinha localizada entre o Leme e o Mirante do Leblon ganhará um bag do projeto para estimular a separação e o descarte adequado dos resíduos entre seus clientes e alunos, respectivamente. Periodicamente, esse bag será recolhido pelos guardiões e enviado para as cooperativas de reciclagem.
Fonte: Bendita Imagem
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