A Owens-Illinois (O-I), líder mundial na fabricação de embalagens de vidro, anuncia parceria com a Coletando – empresa de referência no mercado de logística reversa, inclusão de catadores e geração de renda – e implanta um ponto de coleta em Ermelino Matarazzo, próximo à sua fábrica, para captar vidro. Dessa forma, a empresa vai impulsionar o processo de reciclagem na região, promovendo a sustentabilidade e a economia circular.
“É preciso viabilizar a reciclagem de vidro não só de grandes geradores, cooperativas e aterros, mas também nas comunidades, bairros e periferias. Por meio dessa iniciativa, visamos transformar o cidadão comum em agente ambiental remunerado. Com isso, além de aumentar a coleta de vidro para reciclagem e diminuir a falsificação de bebidas, trabalhamos o pilar educacional dentro da residência do consumidor, criando uma cultura de reciclagem junto com um benefício tangível e que traz autonomia de escolha a toda família, bem como às cooperativas de catadores participantes do projeto”, ressalta Alexandre Macário, gerente de economia circular da O-I.
A população também pode depositar outros materiais no ponto de coleta, como plástico, papel/papelão e metais, entre outros. Esses resíduos serão direcionados para a Coletando, que dará a eles a correta destinação, estimulando a geração de renda.
“Uma das principais contribuições é o trabalho de inclusão social dos catadores de materiais recicláveis e cooperativas. Nós reconhecemos a importância desses profissionais na cadeia de reciclagem e buscamos valorizar seu trabalho, oferecendo condições dignas por meio do desenvolvimento de soluções tecnológicas inovadoras para otimizar a coleta, a separação e a destinação correta de resíduos. Com sistemas de rastreamento e monitoramento, conseguimos acompanhar todo o processo de logística reversa, garantindo transparência e eficiência em cada etapa”, comenta Saulo Ricci, CEO e fundador da Coletando.
Essa abordagem integrada da Coletando beneficia não apenas o meio ambiente, mas também a sociedade como um todo. “Ao promover a inclusão de catadores e a geração de renda, contribuímos para a diminuição da desigualdade social e o desenvolvimento sustentável das comunidades onde atuamos”, acrescenta Saulo.
Cashback
O modelo de negócio da Coletando consiste em gerar o real sistema de logística reversa. Ao receber embalagens pós-consumo limpas e separadas por tipo, a startup paga pelo material e garante um ciclo de utilização, reutilização ou reciclagem, legítimos.
O cashback varia de acordo com o tipo de material e é pago de acordo com o peso entregue. Quando a pessoa faz o cadastro, vai acumulando saldo em material entregue e recebe um cartão. A partir das próximas entregas, a pessoa recebe o pagamento pelo cartão ou por pix de acordo com o peso do material depositado. Dessa forma, gera nova moeda em um produto que antes tinha no lixo, sua colocação final, dependendo apenas de sua decomposição e, muitas vezes, contaminação de solo.
A Coletando traz a potência da reciclagem para efetivamente, beneficiar materiais e transformá-los da forma correta e, principalmente, fecha um ciclo sustentável e necessário para o meio ambiente.
Reaproveitamento do vidro
No Brasil, o reaproveitamento de vidro pela indústria ainda é muito baixo, devido, principalmente, aos desafios de separação, coleta e logística. Por isso a parceria da O-I com a Coletando é mais uma ação para ampliar a reintrodução do vidro na cadeia produtiva, gerando valor para o que antes era considerado lixo. Esse é exemplo de economia circular que vai impulsionar o setor.
O vidro é um material 100% reciclável que pode ser transformado em novas embalagens infinitas vezes, sem perdas. A cada seis toneladas de vidro reciclado, deixa-se de emitir, em média, uma tonelada de dióxido de carbono (CO2), o que corresponde a um crédito de carbono acumulado pelo conceito de crédito de carbono que surgiu no Protocolo de Quioto. E a cada tonelada de vidro reciclado, deixam de ser ocupados 0,8 m3 em aterros para resíduos sólidos. Além disso, cada tonelada do material reciclado evita a extração de 1,2 toneladas de matérias-primas virgens, como areia, calcário e soda cáustica.
Fonte: Ketchum