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Produção de embalagens plásticas flexíveis cai no primeiro semestre de 2022 no Brasil

Em linha com o restante do mercado brasileiro de plásticos, a produção de embalagens flexíveis caiu 5,8% no 10 semestre de 2022 em comparação a igual período do ano anterior como aponta o estudo da Maxiquim (www.maxiquim.com.br) feito com exclusividade para a ABIEF (Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Plásticas Flexíveis – www.abief.org.br). No período avaliado, foram produzidas 1,019 milhão de tonelada. A queda reportada é um pouco menor (3,6%) quando se compara o 10 semestre de 2022 ao 20 semestre de 2021.

 

Contudo, a preocupação maior vem da importante queda no consumo aparente de embalagens plásticas flexíveis no Brasil no 1S de 2022: 4,2% em comparação ao 2S de 2021 e 8,6% em relação ao 1S de 2021. Desta demanda, alimentos foram responsáveis pelo consumo de 42% de todas as embalagens produzidas no Brasil, seguidos por aplicações industriais, 18%; agropecuária, 10%; e bebidas e descartáveis, cada um com 9%. Outros clientes do setor são limpeza doméstica com participação de 5%; higiene pessoal, 3%; pet food, 2%; e outros, 2%.

 

“É interessante perceber que nenhuma resina foi poupada; todas as utilizadas na produção de embalagens plásticas flexíveis registraram queda nos primeiros seis meses deste ano”, completa Rogério Mani, empresário e presidente da ABIEF. Pelo estudo da Maxiquim, as embalagens mais afetadas no comparativo do 10 semestre de 2022 contra o 2S de 2021 foram as produzidas com PEBD (polietileno de baixa densidade) e de PEBDL (polietileno linear de baixa densidade), com queda de 4,2%, seguidos por PP (polipropileno), -2,7% e PEAD (polietileno de alta densidade), -0,3%.

 

Por aplicação, a categoria que mais sofreu foi a de filmes shrink (encolhíveis) com queda de 5,1% no 1S de 2022 contra o 2S de 2021; isso equivale a uma produção de 130 mil toneladas. Na sequência veem os filmes stretch (estirável) com -2,6% e 104 mil toneladas. A produção de sacolas e sacos ficou praticamente estável, com uma leve alta de 0,1%, chegando a 93 mil toneladas. Os demais filmes registraram queda de 4%, contabilizando 692 mil toneladas. Tanto os filmes monocamada (519 mil ton) como os multicamadas (500 mil ton) registraram queda de, respectivamente, 4,4% e 2,8% no período.

 

“Podemos dizer que as exportações foram uma luz no final do túnel nos primeiros seis meses deste ano”, comenta Rogério Mani. A pesquisa Maxiquim mostra que houve uma alta de 4,2% nas vendas para o exterior enquanto as importações caíram 4% no mesmo período. E completa: “Vale ressaltar que tudo isto acontece em um cenário macroeconômico onde a inflação está em níveis altos e o Banco Central tenta segurá-la pela taxa Selic, que atingiu um recorde histórico após sucessivos aumentos. Isto afeta diretamente o poder aquisitivo da população e, consequentemente, a demanda por bens de consumo.”.

 

Fonte: LDB Comunicação