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Programa Yattó Transforma reciclou 800 milhões de embalagens e destinou R$1.000.000 para catadores

Nos últimos anos, o Yattó Transforma desenvolveu soluções inovadoras capazes de reciclar diversos resíduos complexos, considerados rejeito até então. A startup de economia circular está resolvendo um desafio das empresas (fabricantes e marcas) que precisam dar destinação correta para o que geram (seja por obrigação legal ou propósitos ESG), trazendo benefícios sociais (remuneração extra para as cooperativas parceiras) e ambientais (reinserção de matéria-prima no mercado) para o Brasil.
O projeto, que acontece desde 2021, já desviou mais de 1.000 toneladas de aterros sanitários, o que equivale a cerca de 800 milhões de embalagens recicladas e transformadas. A remuneração extra para 120 cooperativas ultrapassa R$1.000.000, impactando mais de 1.500 catadores diretamente. “Esses resultados só foram possíveis porque houve apoio de marcas relevantes como Nestlé, Mars, Danone, Cargill, Pepsico, Ajinimoto e Melitta. É sempre importante lembrar que o país ainda recicla muito pouco de tudo o que produz. Para mudar essa realidade, somente o esforço conjunto será efetivo”, explica Luiz Otávio Grilo, cofundador e diretor Institucional e de Novos Negócios da organização.
O especialista conta que o programa atende uma demanda crescente das empresas e fabricantes de embalagens, porque a PNRS (Política Nacional de Resíduos Sólidos) define responsabilidade compartilhada entre todos os elos da Logística Reversa dos resíduos pós-consumo. Além disso, “o consumidor está cada vez mais consciente e cobrando ações de impacto positivo, o que faz com que o projeto seja considerado, inclusive, um diferencial competitivo”, completa.
Sucesso das iniciativas: casos inspiram ampliação do programa
“Os resíduos considerados complexos, foco do Yattó Transforma, são aqueles que têm baixa reciclabilidade. Ou seja, não eram efetivamente reciclados, por conta da dificuldade e da falta de estrutura para a transformação”, diz o diretor. Segundo ele, é uma forma da empresa contribuir com a criação de soluções que, além da reinserção de matéria-prima no mercado, levam investimento financeiro para os profissionais do setor. “Esse programa tirou do papel um dos nossos maiores objetivos, já que o que era custo para as cooperativas – rejeito – virou fonte de renda extra. Estamos transformando lixo em oportunidade”, conta.
Embalagens flexíveis (salgadinhos, chocolates, biscoitos): em parceria entre Yattó e Nestlé, 199 mil embalagens de chocolate KITKAT® descartadas no festival The Town (2023) foram transformadas em móveis de madeira plástica para instituições que ajudam pessoas LGBTQIA+ em situação de vulnerabilidade, beneficiando também cerca de 70 catadores. Já com a Mars, a Yattó desenvolveu 150 kits com vasos feitos de embalagens flexíveis e duas casinhas de cachorro personalizadas por uma artista. O desenvolvimento da reciclagem desse tipo de resíduo também tem apoio de Electroplastic, Convertplast, Melitta, Cargill e Ajinomoto.
Poliestireno (embalagens de produtos lácteos): também chamado de PS, o programa conta atualmente com o apoio da Danone. A iniciativa leva estrutura para o setor de reciclagem e desenvolve a circularidade desse resíduo, da transformação à aplicação em novos produtos. Até o momento, 34 toneladas foram recicladas (cerca de 8 milhões de embalagens de iogurte), levando R$45 mil de remuneração para os catadores das cooperativas parceiras.
Cápsulas: em conjunto com a Nestlé e a ABIC (Associação Brasileira da Indústria de Café), o projeto se concentrou na coleta de cápsulas no interior e no litoral de São Paulo e no Paraná. Com isso, já foram recicladas mais de 1,6 milhão de cápsulas (cerca de 20 toneladas). O projeto contempla 71 cooperativas, distribuídas em 42 municípios, e impacta diretamente 1.371 cooperados.
Embora os dados sejam considerados excelentes, os resultados mostram que o Yattó Transforma ainda pode crescer, ajudando o país a incrementar suas taxas de reciclagem. “Queremos ir além e convidamos outras marcas e outros fabricantes a fazerem parte dessa causa. Além de solucionar um desafio interno das empresas, conquistamos benefícios socioambientais considerados importantes nas metas de ESG”, finaliza Grilo.
Fonte: Agência Ecomunica