A mentalidade empresarial do futuro envolve cooperação – e o futuro já chegou. Pensando assim, a Ibema foi uma das empresas selecionadas no projeto BRDE Labs para diagnosticar possíveis melhorias de produção e buscar soluções por meio de inovação aberta, com apoio de startups paranaenses. O processo integra um projeto de Transformação Digital da empresa, que tem fábricas de papelcartão em Turvo (PR) e Embu das Artes (SP), além de escritório e centro de distribuição na região de Curitiba (PR).
“A inovação aberta envolve a redução de custos, sem a mentalidade do segredo industrial, e traz grande sinergia entre empresas consolidadas e iniciantes. Todos saem ganhando”, explica Débora Botini, gerente da Ibema, que intermediou a definição dos desafios a serem lançados dentro do escopo do programa.
Ao longo de 2021, o BRDE Labs, em parceria com o hub de startups Hotmilk, da PUC-PR, convidou indústrias da região Sul para lançar desafios de pesquisa e desenvolvimento em tecnologia que pudessem ser atendidas por startups, a fim de trazer ganhos para todos.
Após sua adesão, a Ibema seguiu três etapas: o lançamento dos desafios para inovação aberta de soluções, a transformação cultural interna, pela qual os colaboradores passaram por trilhas de conhecimento e, por fim, a definição das estratégias de inovação. “Queríamos que todos os envolvidos entendessem a fundo o desafio, para abordar a solução da melhor forma e engajar-se em sua implementação”, conta Danilo Torres, gerente de TI da Ibema.
A tecnologia da informação foi a área que avançou mais rapidamente no processo de inovação aberta. Foi identificada a necessidade de criar uma central de serviços internos de TI em nuvem para a Ibema, e a startup AgiDesk foi selecionada para encontrar a solução. “Eles desenvolveram uma plataforma que recebe e centraliza as demandas da companhia, com relatórios estratégicos para tomada de decisão, além de indicadores-chave que nos permitem dar foco onde é necessário. No final do dia, temos um time mais organizado e produtivo e nosso cliente interno mais bem atendido.” A empresa foi contratada em dezembro para implementar a central.
Outras duas startups estão sendo avaliadas para uma possível parceria com a Ibema. A Logreversa traz solução de logística reversa com o uso de blockchain para rastrear materiais recicláveis, coletá-los e entregar à Ibema. “Nossa grande dificuldade, e da economia circular como um todo, é coletar um volume grande o suficiente para viabilizar uma estrutura de logística reversa. A tecnologia certamente pode ajudar nesse desafio.”
Por fim, a IDK Digital abordou um desafio na área de segurança do trabalho, pela qual propõe a instalação de sensores no capacete ou no colete de colaboradores que circulam em áreas de risco para prevenir acidentes de trabalho.
“A aproximação da indústria das instituições de ensino e startups é fundamental para resolver problemas e gerar parcerias de ganho mútuo”, finaliza Débora.
Sobre o programa BRDE Labs
Apenas em 2021, no Paraná, o programa BRDE Labs teve 177 startups inscritas. Dezoito delas passaram pela fase de pré-aceleração e nove, pela de aceleração. Em 2022, o tema será ESG – Environmental, Social and Governance (Ambiental, Social e Governança, em português).
Fonte: Smartcom