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Plástico Brasil 2023 bate recorde de negócios e visitação

Os números da 3ª edição da Plástico Brasil, encerrada na sexta-feira, 31, falam por si. A visitação, com cerca de 51 mil profissionais representantes de todos os segmentos da cadeia de transformação do plástico, compareceu ao São Paulo Expo, na capital paulista, para conhecer de perto as tecnologias e soluções das mais de 800 marcas do Brasil e de mais 16 países presentes no evento. A Plástico Brasil é uma iniciativa da ABIMAQ (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos) e da ABIQUIM (Associação Brasileira da Indústria Química).

 

Na visão do presidente executivo da ABIMAQ, José Velloso Dias Cardoso, a Plástico Brasil foi um sucesso de público, de visitação, e  de mostra tecnológica. “O público foi muito maior do que imaginávamos. O evento também teve uma excelente performance de vendas, com muitos negócios feitos aqui na feira. A quantidade de visitantes do exterior e as vendas internacionais também tiveram um desempenho acima do esperado. Tivemos muitos visitantes da Argentina, do Peru, da Colômbia, do México, enfim, uma demanda que vai gerar muitas exportações”, avaliou.

 

Na avaliação do presidente do Conselho de Administração da ABIMAQ, Gino Paulucci Junior, o evento serviu como ferramenta da indústria para consolidar o material como estratégico para todos os segmentos econômicos. “O plástico não faz parte do problema, plástico é a solução!”, afirma e explica: “no decorrer dos anos, a cadeia produtiva do plástico vem se aprimorando tecnologicamente para tornar a cada dia esse produto mais eficiente, mais leve e com propriedades mais específicas para atender às demandas globais de eficiência e sustentabilidade”.

 

Segundo Paulucci, é com os avanços da indústria, com pesquisa e desenvolvimento, que hoje é possível ter embalagens de menor espessura e que conservam os alimentos por mais tempo e que se consegue produzir plásticos mais resistentes com menor uso de energia e consumo reduzido de água, por exemplo. “Toda essa inovação é o que as 800 marcas que trouxemos para a Plástico Brasil 2023 mostraram ao mercado. E surpreenderam os visitantes com o alto nível tecnológico agregado. O resultado foi o grande volume de negócios efetivados neste evento”, concluiu Gino Paulucci Junior.

 

Para o presidente executivo da ABIQUIM, André Passos Cordeiro, mais do que uma catalisadora de negócios, já que reúne grandes players das indústrias de transformação do plástico, além de outros segmentos como construção, alimentos e bebidas, automóveis, a Feira Plástico Brasil é um palco de inovações, tendências, troca de experiências e soluções. “Um ambiente rico e agregador, alinhado a um momento de grandes oportunidades para o mercado de resinas termoplásticas e para a indústria nacional. O Brasil tem um potencial, sobretudo, para ser uma das indústrias mais pujantes no cenário global, dado as vantagens comparativas, que podem ser transformadas em vantagens competitivas. Significativas reservas de gás natural, grandes fontes de energia e matérias-primas renováveis são exemplos evidentes dessas vantagens.”

 

Planos de expansão 

 

“A Plástico Brasil fechou a edição 2023 com chave de ouro. Tivemos aqui um grupo de empresas realmente comprometidas em dar destaque à diversidade do plástico como insumo e como produto final. Foram demonstrados na prática, no pavilhão, ciclos industriais completos que evidenciaram o comprometimento da indústria com a economia circular e com a reciclabilidade”, avaliou a show director da Plástico Brasil, Liliane Bortoluci. Ela acrescenta que o evento coincidiu com um momento de grande efervescência do mercado.

 

O resultado dessa aproximação entre oferta de inovação e tecnologia e a demanda latente do setor foi um intenso volume de vendas. Mais de 80% dos expositores negociaram equipamentos.

 

A próxima edição do evento é de 24 a 28 de março de 2025 e já teve a área de exposição ampliada. “O evento, em 2025, ocupará cinco pavilhões, um a mais que os quatro ocupados este ano. A procura por estandes começou ainda durante o evento. O mercado brasileiro vem se consolidando como um polo gerador de negócios da cadeia de transformação do plástico. Em 2025 ampliaremos também a presença de empresas de outros países, com novos pavilhões internacionais, além de Áustria, China, Índia, Itália”.

 

Vendas aquecidas e networking exclusivos  

 

A Mitutoyo, empresa do segmento de tecnologias metrológicas, fez sua estreia na Plástico Brasil 2023. “É a nossa primeira vez em uma feira voltada ao setor de plásticos e, o que era para ter sido apenas uma apresentação institucional, acabou por nos surpreender: vendemos 70% dos produtos que apresentamos no estande!”, conta Kaká Sousa, gerente de Marketing da companhia. Segundo ela, o destaque da feira foi a solução para medição de alta exatidão de tampinhas (volume, espessura).

 

Mais uma expositora que já confirmou presença para a edição de 2025 da Plástico Brasil é a Unic Brasil / LK Injetoras. O gerente da empresa, Mauro Evaristo, afirmou que vendeu todas as máquinas injetoras que trouxeram para a feira. “No total, foram vendidos em torno de 30 equipamentos, com valor médio de US$ 80 mil cada. A feira foi um sucesso total, e em 2025 estaremos aqui com certeza em um estande maior”, disse o gerente.

 

O diretor da Injetec, empresa de máquinas injetoras e equipamentos, Marcos Alexandre Acedo, aproveitou a participação na Plástico Brasil trazendo para o estande da empresa trituradores, secadores, torres de resfriamento, misturador, unidade de água gelada, máquina injetora, e aquecedor de molde. A expectativa, segundo o diretor, foi plenamente superada. “Foram mais de dez maquinários vendidos nesta semana e cada máquina com o valor a partir de R$ 250 mil. A feira nos ajuda a nos posicionar e fechar negócios”, comentou Acedo.

 

O CEO South America do Grupo Piovan, Ricardo Prado, conta que a empresa fechou vendas durante a feira. “O evento, muito bem organizado, apresentou ótimo movimento, com visitas técnicas de alta qualidade”, avaliou o executivo. “Este ano em nada mudou para nós em relação ao ano anterior. O mercado continua saudável, com muitas empresas investindo e fazendo planos de novos investimentos”, concluiu.

 

O gerente comercial da Yudo, Edelcio Evaristo, citou três tecnologias expostas na Plástico Brasil e que estão em alta no mercado, que favorecem a injeção, sendo utilizadas em moldes com câmaras quentes ou multicavidades. “Tenho certeza que seremos procurados pós-evento, porque trouxemos soluções inovadoras. Tenho fortes expectativas para 2025, pois fizemos um grande networking para nos posicionar. O objetivo foi fidelizar nossos clientes e prospectar novos potenciais também”, disse o gerente.

 

A Mainard, fabricante de medidores de espessura para filmes, embalagens e outros, participou da terceira edição da Plástico Brasil 2023 com sua linha completa de produtos e destacou o lançamento, o medidor de espessura Modelo M73013. O diretor da empresa e presidente da CSMAIP – Câmara Setorial de Máquinas e Acessórios para a Indústria do Plástico da ABIMAQ, Amilton Mainard, comentou que lançar essa novidade no evento fez todo o sentido, porque “a edição 2023 da Plástico Brasil é um divisor de águas. Por duas razões: primeiro porque o empresariado brasileiro vem descolando seus negócios da situação política e econômica do país no sentido de seguir em frente por não ter mais como esperar por estabilidade; segundo, porque ficamos muito tempo sem eventos presenciais e o networking que se estabelece no evento traz confiança ao empresário tomador de decisão”, afirmou.

 

Apenas nos dois primeiros dias da Plástico Brasil, a Staübli registrou grande movimento de visitantes e pedidos de proposta comercial, e está com várias vendas encaminhadas. “O evento movimenta a visitação e atrai o interesse comercial. Apresentar um vídeo das nossas soluções não têm o mesmo impacto que a demonstração ao vivo, ainda mais com as apresentações diárias do SMED aqui no pavilhão”, avaliou Genivaldo Batista, head de Local Business da Staübli.

 

A intensa movimentação foi recebida com entusiasmo pelas empresas expositoras. Segundo o diretor da Polimáquinas, Gino Paulucci Júnior, nas primeiras horas após a abertura da Plástico Brasil 2023, a empresa vendeu três máquinas para um transformador do México. “A Plástico Brasil é um evento para fechar negócios in loco. As demonstrações das máquinas são realizadas em tempo real, é o momento em que o cliente consegue ver a produção, tira dúvidas e fecha negócio”, garante.

 

Com o saldo de seis máquinas vendidas e novos negócios encaminhados, a Engel, empresa alemã do setor de máquinas de moldagem por injeção, esteve na Plástico Brasil 2023 com sua linha completa de máquinas e novas soluções em softwares para automação. “No mundo todo, a qualificação da mão-de-obra mais jovem vem sendo um desafio, o que faz com que a demanda por máquinas com autonomia cada vez maior seja uma tendência. Foi isso que apresentamos na Plástico Brasil. Participar de uma feira como a Plástico Brasil é um excelente termômetro, pois temos a oportunidade de conversar com os empresários dos diversos setores consumidores de nossos produtos para entendermos quais serão as linhas de decisão de seus negócios”, conta o diretor da companhia, Udo Löhken.

Na visão do diretor da Carnevalli, Antonio Carnevalli Neto, a sensação é de que o mercado aguardava por um evento do porte da Plástico Brasil para efetivar negócios. “Recebemos muita visitação de clientes e prospects, do Brasil e do exterior, principalmente da América do Sul. Apesar desses países também terem as suas particularidades e desafios frente à economia, temos muitos parceiros e muita prospecção encaminhada nesses mercados”, conta Carnevalli Neto. Durante o evento, a empresa lançou a extrusora monocamada Polaris Ecoplus, que produz com 60% de plástico pós consumo, com melhor produtividade e melhor classificação.

 

Para o executivo, Raul Katsuno, diretor da MTF Termoformadoras, que atua na fabricação de máquinas de termoformagem, a Plástico Brasil superou a expectativa, principalmente no que se refere à qualificação do público visitante. “Nesta edição, o técnico veio acompanhado do tomador de decisão de sua empresa, o que demonstra o interesse em fechar negócios ainda no evento”, comentou o executivo.

 

A Tsong Cherng apresentou na Plástico Brasil 2023 sua linha de produtos, com destaque para o Therpol, braço de negócios baseado no material de mesmo nome. O international sales da empresa, Eduardo Chern, surpreendeu-se positivamente com a efetivação de vendas durante o evento, “coisa rara de acontecer, pois geralmente só as negociações são iniciadas para efetivarmos o negócio posteriormente”, comentou. “Com a participação na feira, conseguimos ampliar ainda mais nossa rede de contatos”, completa.

O executivo Leandro Goulart, da equipe comercial da Arburg, empresa de origem alemã, avalia que a Plástico Brasil é um ferramenta estratégica para a prospecção de negócios nos mercados sul-americanos. “Participar da Plástico Brasil é uma forma de consolidar os produtos da Arburg como opções de produtos Premium”, afirmou Leandro.

 

O gerente da fabricante de máquinas e equipamentos para o processamento de plástico Haitian Brasil, Roberto Melo, festejou o sucesso de vendas durante a Plástico Brasil. Até o quarto dia de evento, Mello afirmou terem vendido 28 máquinas, gerando um volume de negócios estimado em quase R$ 30 milhões. “A feira superou as nossas expectativas”.

 

Resinas 

É consenso também entre as empresas que representam o segmento de resinas na Plástico Brasil que a edição de 2023 elevou o patamar de qualificação do público visitante. Além do alto conhecimento técnico, os profissionais que visitaram o pavilhão nos cinco dias de evento demonstraram intenção de realizar negócios.

 

A distribuidora de resinas termoplásticas, Apta Resinas, foi outro case de sucesso de expositor da Plástico Brasil. O coordenador de desenvolvimento da empresa, Willian Mattje, trabalhou com todo seu portfólio ao longo da feira e disse que o balanço foi muito positivo. “Engatilhamos muitos pedidos para o pós-feira, mas, surpreendentemente, vendemos cerca de R$ 5 milhões em produtos aqui. Na próxima edição, com certeza estaremos presentes”, afirmou.

 

Com foco em estreitar relacionamento com clientes antigos e prospectar novos negócios, a Piramidal levou ao conhecimento do visitante do evento seu portfólio de matérias-primas para a indústria do plástico. Para a gerente de Relacionamento com o Cliente da Piramidal, Suzi Chiavoloni, “a Plástico Brasil 2023 foi uma oportunidade importante para os tomadores de decisão obterem informações e buscarem referências futuras de negócios. A visitação qualificada no evento abre possibilidades de bons negócios para a empresa”, disse.

 

A gerente de Comunicação e Marketing da Activas, Isabela Carvalho, concorda. “O relacionamento que o evento viabiliza facilita o contato e as negociações. A Plástico Brasil chega em um bom momento, permitindo-nos a aproximação com nossos clientes e, inclusive, a prospecção de novos negócios”, avaliou.

 

A feira está sendo realizada em um ano que começou de forma atípica, comentou Luis Baruque, Gerente de Marketing e Desenvolvimento da Radici Plastics. Segundo ele, o cenário político do país, a alta da inflação, a dificuldade de crédito, todos esses fatores impactam setores importantes da economia que acabam refletindo nos negócios. “A Radici tem cerca de 40% de sua atuação voltada para o mercado automotivo, por exemplo, que tem passado momentos de atenção no país. Em compensação, os demais segmentos que atendemos, como eletroeletrônicos, bens de consumo, alimentos, agro e outros, equilibram os negócios”, considerou o executivo.

 

Para Baruque, é nesse cenário que a Plástico Brasil 2023 ajuda a impulsionar as relações com os clientes e a apresentar a empresa a novos possíveis parceiros. “Muitos anos sem eventos presenciais resultaram em um evento de alta e qualificada visitação, que esperamos que resulte em futuros negócios em breve”, completou.

 

Segmento de ferramentaria

O transformador que vem à Plástico Brasil 2023 em busca de soluções completas não pode deixar de passar no ABINFER Business Center.

“A feira nos surpreendeu positivamente, tanto pelo tamanho que ela alcançou, quanto pela frequência e qualidade do público visitante”, avaliou o diretor comercial da Valmart Máquinas e Acessórios, Antonio Sergio Valverde. A empresa expôs seis equipamentos de máquinas entre sacoleiras, picotadeiras e blocadoras. “A Plástico Brasil é a principal feira que a Valmart participa em toda América Latina e é fundamental para a nossa estratégia de vendas”, disse. Apenas nos primeiros dois dias de feira, a empresa comercializou seis máquinas, com valor médio unitário de R$ 200 mil para o mercado local e também para a Guiana Inglesa.

 

Outra empresa que fechou negócio nos primeiros dias de evento foi a Ferreti Extrusoras, que atua no segmento de polipropileno, fabricando máquinas para indústria de alimentos. Segundo o gerente de vendas, Yago Ferreti, há muito interesse por parte do público visitante em renovar ou modernizar os parques industriais. “Já temos três máquinas vendidas e outras em negociação. Não esperávamos vender durante a feira, mas os clientes estão fazendo negócios aqui no pavilhão”, disse. Ferreti conta que, apenas nos primeiros dias, o volume de negócios ultrapassou os R$ 5 milhões.

 

Exportações

Não é apenas a intensidade da demanda dos transformadores de plástico que atuam no Brasil que chamou a atenção dos expositores da Plástico Brasil. É no exterior o destino final de muitas das vendas que estão acontecendo durante o evento.

 

O coordenador de vendas da Pronatec, fabricante de máquinas e equipamentos para a conversão de plástico, papel e têxtil, Leandro Valério, acredita que a confiança do empresariado brasileiro está voltando a crescer desde o início de março. A empresa fechou negócios que envolvem os mercados da Colômbia e México. “A Plástico Brasil traz a possibilidade de fecharmos novos negócios nacionais e internacionais. Isso é fundamental para consolidarmos relações comerciais no Brasil e em outros países”, disse Valério.

 

Apresentar as novidades na Plástico Brasil é o caminho mais eficiente para bons negócios. A avaliação foi feita pelo engenheiro de vendas da Rulli Standard, Giovani Rulli. A Rulli Standard também exportou duas máquinas desde a última segunda-feira, e a expectativa era fechar novos negócios até o final da feira. “A Plástico Brasil é uma das feiras mais importantes para nós. Estamos com vários projetos em desenvolvimento, que devemos expor na próxima edição da Plástico, mas, como spoiler, podemos dizer que teremos máquinas com redução do consumo de energia, somada a uma surpresa”, comentou Rulli.

 

A HGR Extrusoras também marcou presença com a venda de quatro máquinas nos primeiros dias do evento, em torno de R$ 1,5 milhão cada.

 

Quem também está com novidades em projetos de sustentabilidade é a Multipack, que escolheu a Plástico Brasil para migrar e posicionar sua marca para a nova razão social da empresa: a Multiblow. O gerente comercial, André Fonseca, comentou que a empresa vendeu cinco máquinas, e destacou que esse foi o melhor resultado participando da Plástico Brasil. “Além das vendas em si, a feira ajuda muito na transição de nome pela qual a empresa está passando e também na construção do networking. Quem não é visto, não é lembrado, então priorizamos participar da Plástico Brasil com um estande grande e apostamos em nossa visibilidade”, disse o gerente.

 

 

Serviço:

4a Plástico Brasil – Feira Internacional do Plástico 2025.

Quando: 24 a 28 de março de 2025.

Horário: Das 10 às 19 horas.

Onde: São Paulo Expo – São Paulo (SP).

 

Fonte: Coletivo da Comunicação