As duas empresas estão entre as maiores companhias de alimentos e bens de consumo do mundo.
São Paulo – A Kraft Heinz fez uma oferta de compra da Unilever por US$ 143 bilhões, mas a proposta foi recusada, afirmou o Financial Times.
A gigante, que tem por trás o fundo 3G Capital e a Berkshire Hathaway, de Warren Buffet, acredita que poderá chegar a um acordo mesmo com a recusa. Saiba mais: E-book: Minidicionário do mercado financeiro – Patrocinado
A Kraft Heinz informou em comunicado que “fez uma proposta abrangente para a Unilever para combinar os dois grupos para criar uma companhia global de produtos de consumo com uma missão de crescimento a longo prazo e vida sustentável”, de acordo com o jornal.
A oferta é de US$ 50 por ação, preço 18% acima do valor de fechamento.
Juntas, as duas empresas teriam faturamento de US$ 84,8 bilhões, atrás apenas da Nestlé, que faturou US$ 91,2 bilhões no ano passado.
No entanto, o valor não foi o suficiente para a dona de marcas como Hellmann’s, Dove e Omo.
Para a Unilever, o valor “fundamentalmente subvaloriza a Unilever”. Ela ainda disse que “rejeitou a proposta porque não vê qualquer mérito, financeiro ou estratégico, para os acionistas da empresa. A Unilever não vê qualquer base para discussões futuras”.
A operação, caso concretizada, seria uma das maiores da história e a maior do mercado de bebidas e alimento. A fusão da ABInbev com a SAB Miller, fechada em outubro de 2015, foi avaliada em 68 bilhões de libras esterlinas ou US$ 123 bilhões, somando dívidas.
A Kraft e a Heinz formaram uma única empresa em 2015 e se tornaram a 5ª maior companhia de alimentos do mundo. A aquisição chegou a US$ 40 bilhões.
Na empresa criada com a fusão, The Kraft Heinz Company, o fundo de private equity dos empresários brasileiros Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles, 3G Capital, e a empresa que controla os investimentos de Warren Buffett detêm 51% das ações da The Kraft Heinz Company. Os acionistas da Kraft ficaram com 49%, tendo recebido US$ 10 bilhões e mais US$ 16,50 por ação.
Fonte: Exame.com