Evento apresentou as tendências de consumo e as oportunidades de aplicações para as embalagens de alumínio
Ontem, o Instituto de Embalagens realizou o evento Pack Day, em São Paulo, que reuniu os profissionais do setor para apresentar as tendências e aplicações em embalagens de alumínio. O cenário macroeconômico do Brasil, Lançamentos e Hábitos de Consumo, Embalagens de Alumínio, Case Nespresso de Sustentabilidade em Embalagens de Alumínio e Tendências e Desafios para Embalagens foram os temas abordados durante o evento.
A incerteza com relação à aprovação das reformas do Governo Federal é uma barreira ao crescimento do Brasil. Segundo Celso Toledo, sócio-diretor da E2 Consultoria, os investidores estrangeiros estão esperando a aprovação para investir no país. “A aprovação das reformas é um passo importante para um cenário mais otimista e o que está em jogo é a solvência do Brasil em longo prazo”, explica.
Assunta Napolitano Camilo, diretora do Instituto de Embalagens, apresentou as cinco grandes tendências de consumo – conveniência, estilo e diferenciação, segurança, saúde e sustentabilidade e ética – que norteiam os desafios para o setor de embalagens. Segundo ela, a conveniência é a megatendência de consumo que carrega a indústria de embalagem. “Na Europa, a categoria de pratos prontos utiliza muito as embalagens de alumínio, que já vêm com garfo, e podem ir ao forno”, destaca. Na categoria de medicamentos, revela Assunta, há uma migração para as embalagens individuais, como os sticks com alumínio. “No Brasil, a Luftal segue essa tendência de consumo”.
A gerente de sustentabilidade da Nespresso, Claudia Leite, ressaltou os fatores que levaram a escolha do alumínio para as suas cápsulas de café. Segundo ela, o material tem papel fundamental para preservar o frescor do café e a integridade do produto, já que oferece barreira à luz solar, oxigênio e umidade. “Além disso, o alumínio é infinitamente reciclável. Hoje, há 90 pontos de coletas de cápsulas de café no Brasil. O alumínio, depois de reciclado, volta para a cadeia de alumínio e o café é enviado para uma empresa de compostagem para virar adubo”, revela.
O que está acontecendo com os consumidores no mundo e no Brasil e como isso está impactando no mercado de embalagens. Naira Sato, diretora de categorias Mintel, afirma que há três principais tendências de consumo que estão transformando o setor: Hungry Planet alinhado com a sustentabilidade, onde “o consumidor está em busca de soluções para tomar decisões mais conscientes em relação ao desperdício de alimentos e embalagens”. Plastic-Free e Bannedwagon que é a busca dos consumidores pela saudabilidade.
Há oportunidades de crescimento para as embalagens de alumínio. É o que afirma Fernando Varella, diretor de negócios da CBA – Companhia Brasileira do Alumínio e coordenador do comitê de embalagens da Abal (Associação Brasileira do Alumínio). No mundo, o segmento de produtos sem conservantes cresceu 19% enquanto no, Brasil, 92%. “A embalagem de alumínio evita o uso de conservantes, por isso há um espaço enorme para crescimento, no país, para produtos de maior valor agregado que oferecem saudabilidade”, destaca.
Um painel de sustentabilidade encerrou o evento. A mesa de debate foi composta por Assunta Napolitano Camilo, diretora do Instituto de Embalagens, Fernando Varella, diretor de negócios da CBA, Claudia Leite, gerente de sustentabilidade da Nespresso Brasil, Cláudio Marcondes, professor do Instituto de Embalagens e Isabela de Marchi, gerente de sustentabilidade da SIG Combibloc. A rotulagem clara e identificação dos materiais para reciclagem, consumo consciente, coleta seletiva, entre outros temas foram abordados no debate.