Com apenas cinco anos no mercado, a Pic-me projeta faturar R$ 18 milhões este ano. O crescimento virá através do lançamento de novos produtos, aumento dos pontos de venda, atualmente em mais de 3 mil, e da aquisição de outras empresas. Neste sentido, as conversas já estão avançadas para que a compra ocorra até o fim deste ano. Segundo Thiago Burgers, CEO e empreendedor que criou a Pic-me em 2015, há caixa para tal. A Serendipia Capital, investiu R$ 5,5 milhões e passou a integrar o quadro societário da companhia, junto com Pedro Navio (presidente Kraft Heiz) e a Joá Investimentos, o fundo de investimentos do Luciano Huck.
“Ainda existe uma enorme oportunidade pela frente, pois apesar do crescimento elevado no segmento, ainda uma boa parte da população se preocupa mais com a gasolina que coloca no carro do que com a comida que coloca no corpo. Com a disponibilidade de mais produtos naturais e melhoria no processo de educação, acredito que o segmento pode crescer ainda mais acelerado, comenta Burgers”
O Brasil é o quinto maior mercado do mundo em alimentação saudável. O segmento cresce a taxas elevadas, em média 7% ao ano, pois segundo pesquisas, quase 80% dos brasileiros têm saúde e nutrição como prioridade. O rápido sucesso da Pic-me está justamente em acompanhar a tendência e ir além, pois trabalha com uma linha de snacks com ingredientes 100% naturais, de acordo com as diretrizes da Go Clean Label, que define quais ingredientes são ou não considerados naturais, de forma simples e fácil de reconhecer. “Não são permitidos ingredientes artificiais ou sintéticos. Esse tipo de diretriz já é utilizado pelas redes varejistas mais avançadas em relação a curadoria de itens naturais como o Whole Foods nos EUA”, especifica ele.
Depois de oito anos em consultoria estratégica, onde atendeu clientes como J&J, Unilever, BRF, Carrefour, Le Postiche, Alelo, Castrol entre outros, Burgers iniciou sua jornada como empreendedor com a criação da Gulalá, que fornecia kits gastronômicos para as pessoas cozinharem em casa de forma prática e rápida. O Kit era composto de uma receita elaborada por um chefe e todos os ingredientes porcionados para a refeição. “Fui o percursor deste mercado no Brasil seguindo a tendência de Hello Fresh e Blue Apron nos EUA que hoje virou uma indústria de mais de USD 1 bilhão”, recorda Burgers.
Dois anos depois, em 2014, sua nova empresa, a Play Capital, uma Consultoria de Inovação e Venture Building, destacou-se por ajudar empresa a tirar do papel as inovações que normalmente são engavetadas. A empresa atende hoje grandes multinacionais promovendo a prosperidade através da transformação de negócios. “Acreditamos que os negócios são uma das mais poderosas ferramentas de impacto positivo para o mundo quando realizadas com os valores e ética devida, assinala Burgers.
A Pic-me veio no ano seguinte, em associação com Pedro Navio, então CEO da Red Bull, hoje no comando da Kraft Heinz, e o fundo de Luciano Huck, a Joá Investimentos. “Iniciamos nossa história com a construção da categoria de purê de frutas no Brasil. Tivemos mais de sete concorrentes no mercado, inclusive grandes multinacionais, e hoje somos líderes absolutos no segmento, orgulha-se Burgers.
Ele explica que o purê é uma solução prática para o consumo de frutas, que segundo a OMC, é bastante deficitária no Brasil. Fiel à missão de promover alimentação saudável, a Pic-me foi a primeira a vender chips de batatas fatiadas assadas do Brasil, reduzindo em até 7 vezes a quantidade de óleo na categoria de chips convencionais fritos. Mais recentemente, a empresa entrou em outras categorias como Energy Bars, Pasta de amendoim e Pipocas com pedações de frutas.
Fonte: Compliance Comunicação