A pandemia teve um impacto na demanda brasileira de resinas plásticas. No primeiro trimestre deste ano, o setor registrou um crescimento de 20%, mas no terceiro trimestre amargou uma queda de 50%. Em junho, o setor começou a sentir uma pequena retomada. “Nossa expectativa é um crescimento abaixo de dois dígitos em comparação ao ano passado. Para 2021, esperamos crescer 20% com novas bandeiras”, revela Laercio Gonçalves, presidente da Activas, distribuidora de resinas da Braskem e Innova e presidente da Adirplast.
O segmento de embalagens é muito importante para o mercado de resinas plásticas, respondendo por 40% do volume de 5 milhões de toneladas. “O setor de distribuição comercializa resinas plásticas para pequenas e médias empresas do setor de embalagens. Nesta pandemia, abastecemos fabricantes de embalagens para alimentos e higiene”, informa Gonçalves.
Com frota própria e atendendo todos os protocolos sanitários para o enfrentamento do Covid-19, a Activas não teve interrupção no fornecimento de resinas plásticas para os seus clientes. “Não faltou produto nem no auge da pandemia”, explica o presidente da empresa. A companhia trabalha com estoque controlado de 15 dias e agora está ampliando o prazo médio de estoque.
Num cenário de imprevisibilidade e a escassez de resinas importadas no Brasil (representa 30% do mercado), o preço do material teve alta de 17% no primeiro semestre. “O dólar subiu 40% e isso impactou na compra do setor petroquímico. Ainda assim, o preço da resina é competitivo no Brasil e inclusive para exportação”, afirma Gonçalves.
A entrevista completa com Laercio Gonçalves pode ser acompanhado no nosso canal do YouTube.
A próxima live Mercado em Pauta será realizada no dia 27 de agosto com Leonardo Grimaldi, diretor executivo de papel da Suzano.