A CMP, a mais tradicional fábrica de embalagens metálicas do país, comemorou seu aniversário de 100 anos de fundação na semana passada com uma festa no Solar Fábio Prado, antigo Museu da Casa Brasileira, na avenida Faria Lima, em São Paulo. A celebração, em evento com 350 convidados, foi apresentada por Juliana Veiga e teve show da cantora Claudia Gomes. Com jantar preparado pela chef Morena Leite, do restaurante Capim Santo, ele reuniu representantes das maiores empresas do segmento de tintas e químicos do país, e alguns grandes players do segmento de alimentos, além de representantes de entidades do setor, como a Prolata e a Abeaço.
Em um país no qual 70% das empresas fecham suas portas antes de completar dez anos de atividade (segundo dados do IBGE, sem contar o período da pandemia) chegar ao centenário é uma raridade. No caso da CMP, originalmente batizada de Companhia Metalgraphica Paulista, é uma mostra do potencial e da resiliência dos empreendedores brasileiros, e de como a evolução e a adaptação a novas realidades são pontos essenciais para a longevidade das empresas.
Em sua existência, a Metalgraphica, como se escrevia em 1924, sobreviveu à Grande Depressão de 1929, a uma Guerra Mundial, diversas crises econômicas brasileiras e uma pandemia. Ao longo desse tempo, reinvenção foi o nome do jogo. Ela foi criada inicialmente para produzir latas para manteiga, embalagem que naquele tempo – antes da invenção das geladeiras – era muito moderna. Quando vieram as embalagens de plástico, e a manteiga foi sendo trocada por margarina, a CMP se reinventou passando a produzir latas para óleo de cozinha. Só que, nos anos 90, óleos como soja, girassol e canola passaram a ser vendidos em garrafas PET. A reinvenção veio na produção de latas para a indústria de tintas e vernizes.
Para registrar a data – e a história da empresa, ao longo das quatro gerações que já passaram por sua gestão – a CMP lançou um livro contando sua saga desde a fundação, em 1924, na cidade de Andrelândia, interior de Minas, até os dias de hoje. “Um centenário é uma data que merece ser comemorada com nossos colaboradores, parceiros e clientes, para relembrar tudo o que vivemos no passado e também projetar o futuro”, diz o presidente do Conselho de Administração, José Villela de Andrade Neto.
Fonte: Opus 1060