Indústria global da lata de alumínio defende integração e fortalecimento da economia circular

Em evento organizado pela Abralatas no último dia 05 de novembro, executivos de diferentes regiões reforçaram a importância da cooperação internacional e da inovação para o fortalecimento da cadeia produtiva da lata de alumínio, um dos setores que mais crescem e geram empregos no mundo.

Nos Estados Unidos, a indústria emprega mais de 28 mil pessoas e movimenta bilhões de dólares por ano, segundo Scott Breen, vice-presidente de Sustentabilidade do Can Manufacturers Institute (CMI). “Mesmo com as tarifas aplicáveis, não houve aumento significativo da produção doméstica de tinplate. Isso reforça a importância de políticas industriais integradas e da cooperação entre os países para garantir competitividade global”, afirmou.

Representando a União Europeia, Krassimira Kazashka, CEO da Metal Packaging Europe (MPE), destacou os desafios de um ambiente político e regulatório em transformação. “Nosso compromisso é alcançar o net zero até 2050, fortalecendo toda a cadeia da economia circular. A implementação do EU Steel and Metals Action Plan (SMAP) e a simplificação do Carbon Border Adjustment Mechanism (CBAM) são passos fundamentais nessa jornada”, disse.

Para Lucien Debever, diretor da La Boîte Boisson da França, a comunicação estratégica e o diálogo com a sociedade são essenciais para sustentar os avanços do setor. “Precisamos reforçar ações de public affairs e conscientização para manter a relevância da lata no debate público e regulatório”, ressaltou.

Cátilo Cândido, presidente-executivo da Abralatas, apresentou o panorama brasileiro. “O setor cresce desde 2014, em média, 4,8% ao ano, e o Brasil já é o terceiro maior mercado de latas de alumínio do mundo, atrás apenas de China e Estados Unidos. São 25 fábricas em operação e uma cadeia que vai do maquinário à logística, consolidando um ecossistema industrial sólido e atrativo para investimentos”, afirmou.

Cândido também destacou os desafios e oportunidades do país, como a profissionalização da rede de catadores, o avanço na formalização da economia circular e o potencial de expansão em novas categorias de bebidas. “O futuro é de diversidade e inovação, tanto em produtos e tamanhos de lata quanto em novos hábitos de consumo. O setor segue comprometido em gerar valor econômico, social e ambiental, com um olhar atento à qualidade de vida e à sustentabilidade”, finalizou.

 

Fonte: Edelman e foto: divulgação

 

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