Nos últimos anos, foi possível acompanhar uma excelente mudança na realização de grandes festivais e eventos, que pararam de utilizar copos descartáveis e passaram a oferecer copos reutilizáveis para o público. Tendo em vista que esses eventos podem gerar um grande impacto ambiental devido ao alto consumo de recursos naturais, geração de resíduos e emissões de carbono, esse foi, sem dúvidas, um passo importante. Porém, apesar de praticamente eliminar os resíduos gerados pelos descartáveis, os copos reutilizáveis continuam sendo fabricados com plástico virgem, ou seja, exigem a exploração de mais e mais petróleo. Pensando nessa questão, a startup Green Mining acaba de lançar o primeiro copo produzido com garrafas PET recicladas, em parceria com as empresas Luka Plásticos e Indorama Ventures.
De acordo com Rodrigo Oliveira, presidente da Green Mining, cada copo produzido garante o equivalente a coleta e reciclagem de 5 garrafas PET de dois litros já que são feitos com a resina chamada PET-PCR (reciclada pós-consumo). Ou seja, os novos copos reutilizáveis não apenas eliminam os resíduos descartáveis dos eventos, como reduzem em quase 8 vezes a pegada de carbono em comparação aos copos reutilizáveis feitos de plástico virgem. Isso só é possível porque a produção dos utensílios é feita 100% com energia solar, instalada nos telhados da unidade da Luka Plásticos, localizada em Valinhos, no interior de SP. “O desenvolvimento de práticas sustentáveis deve ter uma visão 360 graus sobre seus impactos para contribuir com a preservação do planeta. Estamos oferecendo uma melhor alternativa aos eventos que realmente buscam soluções mais sustentira dos frequentadores de festivais, ou mesmo serem jogados fora”, conta Rodrigo Oliveira.
O projeto para o desenvolvimento do copo durou 8 meses e teve, junto com a Luka Plásticos, sua patente registrada, a quinta lançada pela startup, que se tornou pioneira em projetos que unem tecnologia e sustentabilidade. Já o produto teve o seu lançamento durante o festival Primavera Sáveis, afinal, não adianta reduzir a geração resíduos de um lado e aumentar em 400% o uso de petróleo para produzir copos”, afirma o executivo.
O presidente da Green Mining explica que os copos reutilizáveis, que são fornecidos atualmente nos festivais usam cerca de 10 a 15 vezes mais plásticos virgem que um copo descartável. Porém, em média, os convidados consomem de quatro a cindo bebidas no evento, e depois guardam o utensílio como uma recordação do evento. “Para fazer valer a pena a produção com plástico virgem, os copos reutilizáveis precisam ter mais uso após os eventos, e não apenas se acumularem na prateleound, realizado em 2 e 3 de dezembro em São Paulo, em parceria com a cervejaria Corona. “Para a produção dos copos para a cervejaria Corona, a coleta da resina PET foi realizada no litoral do Rio de Janeiro no início do mês de novembro por meio do projeto Protect Paradise em parceria com a iniciativa Bota Pra Girar. Mesmo sendo produzidos com resina com “food grade” (grau alimentício), os copos foram submetidos a testes laboratoriais que confirmaram a segurança dos mesmos em contato com alimentos”, conta Rodrigo Oliveira.
A Green Mining celebra este lançamento como o primeiro copo social, pois carrega em sua história a remuneração digna a catadoras e catadores de material reciclado que fazem parte dos projetos de logística reversa da startup.
Foto: MLA Comunicação
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