A Plastic Bank, empresa social que ajuda a impedir que o plástico polua os oceanos, coletou e destinou para reciclagem mais de 1,2 toneladas de resíduos gerados durante a Rio Innovation Week, que aconteceu no Jockey Club Brasileiro (RJ) do dia 13 a 16 de novembro. Do total, 560 quilos são de materiais plásticos, o que equivale a cerca de 28 mil garrafas PET. Todo este volume será registrado no sistema em blockchain da empresa, encaminhado para beneficiamento e transformado no chamado “Plástico Social”, que pode ser reintegrado em novos produtos e embalagens como parte de uma cadeia circular.
Os recursos provenientes da valorização dos resíduos serão destinados a ações socioambientais do projeto Clean Up The World, da ONG Amigança e do Instituto Clima. Ao longo dos quatro dias de evento, coletores associados à Plastic Bank circularam no local para recolher os materiais descartados e conversaram com o público sobre a importância daquelas embalagens para a geração de renda e o incentivo à economia circular.
Ao fim da feira de inovação, os resíduos foram destinados a pontos de coleta para devida separação, pesagem e encaminhamento aos recicladores. Além do volume de plástico, a Plastic Bank coletou para beneficiamento 460,7 quilos de latinhas e 259 quilos de papelão.
“A Plastic Bank tem o compromisso de impedir o plástico oceânico e, ao mesmo tempo, melhorar a vida dos coletores em comunidades costeiras vulneráveis. A Rio Innovation Week representou uma oportunidade única para nos conectarmos e conscientizarmos o público sobre a importância da reciclagem e a necessidade de reduzir o uso do plástico. Estamos extremamente felizes com o resultado e o impacto gerado por toda a operação”, comenta a diretora geral da Plastic Bank no Brasil, Helena Pavese.
Fundada no Canadá por David Katz, em 2013, a Plastic Bank atua no Brasil desde 2019 e bateu, recentemente, a marca de mais de 1 milhão de quilos – o equivalente a 58 milhões de garrafas PET – coletados para reciclagem no país. O objetivo é construir ecossistemas éticos de reciclagem em comunidades costeiras e reprocessar os materiais para reintroduzi-los na cadeia global de fornecimento para manufatura.
Para isso, a empresa firma parcerias, estrutura pontos de coleta seletiva e registra os coletores associados em um programa que oferece remuneração extra pelo volume de material arrecadado, ajudando-os a suprir necessidades básicas e a viver em melhores condições socioeconômicas. As informações relacionadas à coleta do plástico são registradas na plataforma de blockchain da Plastic Bank, que protege todas as transações e possibilita a visualização de dados em tempo real, garantindo transparência, rastreabilidade e escalabilidade ao processo de reciclagem do material.
Como resultado, todo o volume coletado se torna Plástico Social. “A possibilidade de acompanhar todas as transações, desde a origem e com o suporte da blockchain, e os benefícios para as comunidades é o que viabiliza o selo do Plástico Social. Isso porque qualquer pessoa consegue, com uma checagem de dados no sistema, ver todos os atores da cadeia e confirmar que o material que está sendo comercializado provém do ecossistema de reciclagem da Plastic Bank. Agora, parte desse material será resultante do que foi coletado na Rio Innovation Week”, explica Helena Pavese.
O trabalho no Brasil teve início no Rio de Janeiro, onde a Plastic Bank fechou parcerias com 18 pontos de coleta seletiva e apoiou a inauguração de quatro centros destinados exclusivamente ao recebimento de plástico. Hoje, já são mais de 2.300 coletores registrados no programa. Agora, a empresa está em expansão, com a inauguração de pontos no Espírito Santo e em São Paulo.
A coletora Nilda Pereira, que participou da operação durante a Rio Innovation Week, é uma das trabalhadoras do Rio de Janeiro cadastradas no aplicativo da Plastic Bank. Ela demonstrou a satisfação pelo volume coletado durante a feira de inovação: “Eu amei participar do evento, foi muito produtivo e nos ajudou. Tivemos uma quantidade enorme de material coletado, mais até do que eu esperava. Isso beneficia não só a natureza, porque o que nós coletamos faz a diferença, mas também o nosso trabalho. O pessoal do evento interagiu e cooperou com a gente, entregando garrafas e outras embalagens”.
Fonte: Doze Mais
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