Um projeto de nanofibra desenvolvido pela Klabin, em parceria com a Universidade Federal de Lavras – UFLA, foi premiado em um dos mais importantes congressos internacionais sobre nanotecnologia, a Conferência Internacional sobre Nanotecnologia para Materiais Renováveis, realizado no Japão no último mês.
Organizado pela Associação Técnica da Indústria de Papel e Celulose, entidade centenária sediada nos Estados Unidos, o evento reúne e reconhece importantes trabalhos relacionados ao uso responsável e produção de nanomateriais renováveis e sustentáveis. A Klabin foi a terceira colocada na sessão de pôster por sua pesquisa de otimização de produção de nanofibra e de redução no consumo de energia nesse processo.
“Há tempos a microfibra celulósica, ou celulose microfibrilada, como também é conhecida, vem sendo alvo de profundos estudos no Centro de Tecnologia da Klabin, em Telêmaco Borba, no Paraná. Este reconhecimento reforça a importância do trabalho realizado pela companhia em parceria com a UFLA, bem como com outras universidades, e reconhece a relevância do que vem sendo construído ao longo dos últimos anos na área”, comenta Carlos Augusto, gerente de Pesquisa e Desenvolvimento da Klabin.
O trabalho desenvolvido resultou na redução de 20 a 25% do gasto de energia no processo de desfibrilamento e aumento superior a 10% nas propriedades de resistência dos papéis quando produzidos com 1% a 2% da celulose microfibrilada. Ou seja, se aplicada em larga escala, a nanofibra garantirá um material mais robusto com redução do uso da matéria-prima, a celulose.
Os resultados identificados no estudo serão testados em escala industrial pela Klabin ainda este ano, quando o Parque de Plantas Piloto da companhia, no Paraná, for inaugurado. A unidade permitirá à empresa aplicar testes com o produto para avaliar seu potencial para uso na indústria de papel e celulose, bem como em outras frentes de pesquisa em substituição a materiais como plásticos, vidros e metais em embalagens.
Para a construção do Parque de Plantas Piloto, onde também serão realizados estudos diversos com outro produto extraído da madeira, a lignina, foram investidos cerca de R$ 32 milhões. A expectativa é que as pesquisas permitam à Klabin adentrar em novos mercados e garantir novos usos para suas florestas.
Fonte: In Press Porter Novelli