Primeiro segmento de embalagens a ter o sistema de logística reversa referendada pelo Ministério do Meio Ambiente, o setor de aço continua avançando em seus indicadores de reciclagem. No primeiro trimestre de 2021, a Prolata, entidade sem fins lucrativos que tem como objetivo permitir que as latas de aço pós consumo sejam descartadas de forma correta pelos consumidores e cheguem às siderúrgicas para revalorização, contabilizou 7,6 mil toneladas de latas de aço recolhidas. Na comparação com o mesmo período de 2020, houve crescimento de 13% no volume de reciclagem e de 32% em relação ao último trimestre do ano passado.
Criada em 2012 pela Associação Brasileira de Embalagem de Aço (Abeaço), a Prolata conseguiu implantar uma cadeia de reciclagem que reúne fabricantes, varejistas, consumidores, catadores e as duas das maiores siderúrgicas em operação no país, Gerdau e AcelorMittal. Hoje, são 55 cooperativas parceiras, em 31 municípios e 11 estados, mais o Distrito Federal. “A ideia é avançar em estados em que ainda não temos atuação para ampliar o número de cooperativas”, explica Thais Fagury, presidente da Abeaço e diretora executiva da Prolata, destacando os benefícios sociais e renda para os 1.472 cooperativados envolvidos.
Thais assinala que a revalorização das embalagens usadas de tintas e alimentos torna-se ainda mais importante em um período de alta demanda mundial pelo aço. “A Prolata conseguiu implantar a cadeia completa da reciclagem do material e, hoje, latas de alimentos e tintas utilizadas são matérias primas importantes para as siderúrgicas”, assinalando que o aço é um material nobre, que pode ser reciclado infinitamente, sem sofrer qualquer perda de qualidade.
A executiva explica que um dos pontos que têm ajudado o Prolata a avançar continuamente é a implantação de PEVs (Pontos de Entrega Voluntária) junto a redes de varejo dos segmentos de tintas, construção e supermercados. “Para o consumidor, fica mais simples entender que no mesmo local em que ele comprou o produto, a lata pode ser descartada nos PEVs disponíveis”. Atualmente já há 30 PEVs, nos estados de São Paulo e Mato Grosso, além 22 entrepostos, para a coleta de grandes volumes, nos estados de Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo.
Fonte: Press a Porter
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