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Proteína animal no Brasil: a importância das embalagens para um ciclo de distribuição seguro e sustentável

Por Manuel Alcalá*

A proteína animal como “mistura” é algo arraigado no dia a dia da família brasileira. A carne ou o ovo é um componente essencial nas refeições ao lado do arroz e feijão. Isso traz à tona a importância do investimento neste segmento no Brasil. Por aqui, 98,5% dos lares consomem algum tipo de proteína animal, de acordo com uma pesquisa da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Para contribuir, temos um território vasto de produção de grãos e pastagens favoráveis à criação de gado, de porcos e aves, o que nos tornou uma das principais potências do mundo quando o assunto é carne.

Segundo essa mesma pesquisa da ABPA, o ovo é o principal destaque, com 96% de presença, seguido pela carne de frango (94%), carne suína (80%), carne bovina (79%) e peixe (65%). Com a pandemia da covid-19 e consequente isolamento social, as pessoas tiveram que ficar em casa, consequentemente houve aumento na demanda de delivery, serviço de entrega a domicílio de proteína animal.

Neste cenário, temos que nos perguntar: quais medidas devem ser tomadas para que empresas do segmento continuem atendendo às necessidades desse público? E quais são os fatores importantes para as pessoas confiarem na entrega e na qualidade do que foi comprado?

As embalagens são parte da resposta. São itens de extrema importância para a experiência dos consumidores. Seja pela inovação da apresentação do produto, pela facilidade no unboxing (ato de desembalar) ou por oferecer segurança ao produto transportado, essas soluções se provam indispensáveis no ciclo de distribuição. Tal relevância é ainda maior em tempos pandêmicos, em que as pessoas se viram obrigadas a pedir alimentos em casa, em vez de irem ao supermercado ou ao açougue.

Facilidade de higienização, proteção do alimento e o cuidado adequado com o produto são fatores que não só fidelizam os clientes, como podem garantir a continuidade das compras dos atuais fornecedores num cenário pós covid-19. Esses aspectos são ainda mais importantes quando falamos de proteína animal, já que este nicho de produto necessita de controle de temperatura, caixas sob medida, versatilidade, embalo à vácuo e até embalagens frigoríficas.

Na Smurfit Kappa, empresa que lidero no Brasil, entendemos que para carnes, pescados e ovos há a necessidade de uma embalagem que proporcione frescor, proteção e alto padrão de higiene em todas as etapas até o produto chegar aos varejistas. Garantir a segurança alimentar é um valor inegociável quando se trata de embalagens para carnes congeladas.

Nesse contexto, é preciso destacar a evolução das tecnologias utilizadas para a produção de embalagens voltadas a esse segmento, como a aplicação de resinas específicas que impermeabilizam a superfície do papelão, impedindo que ele fique úmido e se danifique ao longo do trajeto.

Hoje, a inovação desses invólucros reduz os riscos de proliferação de micro-organismos que podem contaminar o alimento. Outro ponto a ser levado em conta é a sustentabilidade dessas embalagens. É essencial pensar para onde vão os materiais descartados, se são recicláveis e, principalmente, se são biodegradáveis.

Ao optar por soluções que protejam o alimento durante o transporte e que possam ser recicladas, as empresas começam a colocar em prática o conceito de economia circular, que alia o desenvolvimento econômico a um melhor uso de recursos naturais. Dessa forma, elas criam um ciclo sustentável de produção – alinhado com a demanda atual, que clama pela redução de impactos ao meio ambiente.

*Manuel Alcalá, CEO da Smurfit Kappa no Brasil.

Fonte: smartpr