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Receita da Barry Callebaut cresce 4,2% no 1º trimestre de 2016/17

SÃO PAULO  –  Maior processadora de cacau do mundo e uma das maiores fabricantes de chocolate para uso industrial, a franco-suíça Barry Callebaut registrou um aumento de 4,2% em sua receita líquida no primeiro trimestre da safra 2016/17 (encerrado em 30 de novembro) na comparação anual, que alcançou 1,885 bilhão de francos suíços.

O volume de produtos de cacau e chocolate vendidos no período recuou levemente, em 0,4%, para 492,931 mil toneladas, mas a base de comparação é bastante forte. Na avaliação da empresa, essa leve retração é consistente com a redução das vendas do mercado de chocolate para confeitos em geral no trimestre, de 2,3%, conforme medição da Nielsen.

“Nós tivemos um início estável no ano com o avanço do projeto de Cocoa Leadership, com todas os mercados de chocolate entregando crescimento sólido acima do mercado e [o negócio] gourmet e especialidades desempenhando muito fortemente”, afirmou Antoine de Saint-Affrique, CEO do grupo, em nota.

O desempenho do negócio de vendas de derivados do cacau só foi positivo por causa diversificação das vendas. A receita do segmento cresceu 7,2%, para 588,5 milhões de francos suíços. Já o volume de derivados de cacau vendidos caiu 8,6%, para 112,188 mil toneladas, dado que os contratos estiveram menos rentáveis.

No período, os preços do cacau acumularam desvalorização de 14%, para 1.956 libras esterlinas a tonelada, em um movimento ditado pelas estimativas de superávit de oferta com a recuperação das lavouras no oeste da África.

A perspectiva da companhia é de um aumento dos volumes no segundo trimestre (de dezembro a fevereiro) e com maior rentabilidade no negócio de cacau. “A estratégia de ‘crescimento inteligente’ nos fornecerá o equilíbrio exato para focar em crescimento consistente de volumes acima do mercado, fortalecer a rentabilidade e a geração de fluxo de caixa livre. Nós confirmamos nosso guidance de médio prazo para 2017/18 na média: 4% a 6% de crescimento em volume e crescimento do Ebit acima do crescimento do volume em moedas locais, desconsiderando quaisquer eventos maiores não previsíveis”, atestou Saint-Affrique.

Valor Econômico