Fundada em 2015, a Yattó é uma empresa de soluções para logística reversa e economia circular. Diversos resíduos estão contemplados nos projetos, inclusive aqueles de difícil reciclagem, como embalagens plásticas flexíveis e de tintas imobiliárias, cápsulas de café, entre outros, no estado pós-consumo, levando à estruturação da cadeia. Além de solucionar desafios de empresas de médio e grande porte, garantindo a circularidade de recursos naturais, a startup também impacta positivamente famílias de catadores com o projeto Yattó Transforma. Signatária do Pacto Global da ONU, também já participou dos principais programas de aceleração do país e, em 2023, venceu o 1º Prêmio Suíço de Sustentabilidade e Inovação.
O projeto vai além do conceito de compensação ambiental, sistema que, sozinho, não resolve o problema. “É importante gerar adicionalidade, e os créditos, por si só, não têm esse potencial”, explica Luiz Otávio Grilo, cofundador e diretor Institucional da organização. Por isso, considerando não apenas o programa voltado às embalagens de baixa reciclabilidade, mas também os outros resíduos, a Yattó atua em 4 pilares estratégicos: inteligência, gestão, certificação e transformação, o que leva a uma gama de soluções que atende diferentes necessidades, especialmente quando se fala de ESG (Ambiental, Social e Governança) e regeneração (renovação de ecossistemas ou na recuperação de recursos).
Ao reciclar resíduos que, em outros casos, seriam descartados (baixa reciclabilidade), cria-se uma nova fonte de renda para as cooperativas parceiras e assegura-se a reinserção das matérias-primas no ciclo produtivo. Desde o início das operações, mais de 1,5 mil famílias foram beneficiadas, com a reciclagem de mais de 1.300 toneladas de resíduos, o que equivale a 1 bilhão de embalagens. Em 2023, especificamente, a Yattó garantiu o reaproveitamento de mais de 10 toneladas de cápsulas de café, 30 toneladas de poliestireno e 670 toneladas de embalagens plásticas flexíveis.
Reciclando o que ninguém recicla
As embalagens de baixa reciclabilidade são um grande desafio para o país quando falamos de economia circular e logística reversa, já que são matérias-primas que exigem processos complexos de reciclagem. “Com nossos programas de transformação, como o Yattó transforma, a gente permite que o reaproveitamento aconteça, devolvendo para o mercado insumos valiosos e evitando a extração de matéria-prima da natureza”, conta o cofundador e diretor de Operações Leonardo Lopes. “Dessa forma, solucionamos os problemas das empresas, geramos renda para as recicladoras e ajudamos a desenvolver a cadeia de logística reversa brasileira, contribuindo para a elevação das taxas de reciclagem”, completa.
Isso só é possível porque a Yattó conta com uma rede de parceiros. Ao todo, são quase 50 cooperativas de catadores, presentes em 4 estados (RS, SC, PR e SP). Toda a operação acontece em conjunto com um aparato eficiente de tecnologia, já que a empresa conta com um sistema capaz de fazer a rastreabilidade em tempo real (em que é possível acompanhar a destinação de todos os materiais coletados), com total transparência de todo o processo.
Portanto, a atuação e os resultados já conquistados são comemorados, mas também servem como baliza para metas mais ousadas. “Temos orgulho de ter reinserido tantos materiais no mercado, ajudando a desenvolver a reciclagem do país, e estamos de olho em aumentar significativamente esse impacto positivo”, finaliza Grilo.
Fonte: Agência ecomunica
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