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Tecnologia e sustentabilidade: papel se destaca no setor de embalagens

Com a crescente exigência da sociedade para que o desenvolvimento sustentável seja aplicado pelo mercado, a utilização do plástico se torna um entrave para esse fim. Segundo dados do World Wildlife Fund (WWF), o Brasil é o quarto maior produtor mundial de lixo plástico, sendo que, desse montante de 11,3 milhões de toneladas geradas, apenas 1,28% são efetivamente recicladas.

Soma-se a esses dados o também crescente aumento da produção de embalagens no Brasil. Alavancado pelo e-commerce e pelo delivery de alimentos, o segmento registrou, entre 2021 e 2022, um aumento de 3,9% no valor bruto da produção física de embalagens, chegando ao montante de R$ 123,2 bilhões, de acordo com o estudo macroeconômico realizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Devido ao contexto, um dos principais desafios do setor de embalagens é acompanhar a demanda de consumo e, ao mesmo tempo, aliar sustentabilidade ao processo. Diante desse cenário, o papel ganha espaço dentro do mercado, com a oferta de um produto sustentável e com tecnologia acoplada para garantir desempenho e qualidade aos consumidores.

Jacques Gimenes, coordenador de pesquisa e desenvolvimento da Ibema, explica que as embalagens atuais devem ser compostas por materiais recicláveis. “Todo o material deve ser retornado à cadeia produtiva do papel. Esse é um grande diferencial competitivo e coloca o setor em posição de destaque frente as demandas de logística reversa. Temos tecnologia para incorporar as embalagens e aparas advindas dos consumidores e dos processos industriais, gerando produtos de qualidade e promovendo a sustentabilidade. Para isso, contamos com aditivos promotores de resistência, barreiras, agentes de controle microbiológico e químicos de performance para que materiais pós-consumo possam voltar ao processo como insumo de qualidade”, detalha.

O papel atua em diversas frentes nos segmentos de alimentação, limpeza e cosméticos. É possível ver essa matéria-prima em soluções como a embalagem de alimentos líquidos, na substituição do isopor para proteção de outros materiais e até como pallets dentro das indústrias. “Na Ibema, temos atuações em produtos secos, como farináceos e biscoitos, em líquidos, como copos, bandejas e sorvetes, e em materiais gráficos, como livros, encartes e folders”, conta Gimenes.

Segundo o especialista, a maior demanda da empresa é na linha de alimentos. “É o mercado que mais tem demandado desenvolvimentos, por outro lado, é um dos mais desafiadores devido à necessidade de segurança alimentar”, continua. Para que o papel tenha ainda maior competitividade dentro do mercado, é necessário que utilizar fortemente a inovação e a tecnologia nesse setor milenar. A competitividade do papel é promovida equilibrando estratégias de incorporação de fibras recicladas em alguns produtos e mantendo outros integralmente virgens. Nesse entendimento, a linha de materiais virgens permite o conceito de lightweighting, onde uma formulação específica de fibras traz o melhor equilíbrio entre resistência e consumo de recursos produtivos.

Um exemplo é o Supera White, papelcartão desenvolvido pela Ibema. O produto se destaca no segmento de embalagens rígidas e está entre os mais rígidos do mundo, assegurando menores custos por embalagem, sem perda de printabilidade, tão importante para os processos gráficos. Considerando a estratégia de circularidade, a Ibema conta, ainda, com tipos de papelcartão que têm, em sua composição, até 70% de materiais reciclados. Nessa linha, o produto Ritagli se destaca com equilíbrio entre rigidez e conteúdo reciclado (55%). Dessa forma, o papel utilizado pelo consumidor retornou à indústria e é entregue, novamente, à sociedade como uma nova embalagem, mantendo um círculo virtuoso e sustentável.

“Muitas soluções desenvolvemos junto aos nossos clientes e parceiros, com trocas de informações para identificar pontos de melhoria. Isso reduz os custos e agiliza o desenvolvimento, tornado o processo muito mais assertivo. Dessa forma, a Ibema é uma empresa que busca sinergia com fornecedores, centros de pesquisa e tecnologia, clientes, brand owners e end users. Queremos entender o mercado e as necessidades do consumidor, as demandas sociais e do meio ambiente. Queremos ser agentes de mudança, propulsores e facilitadores no mercado”, finaliza Gimenes.

Fonte: V3 Comunicação