A Tetra Pak fechou 2023 com mais de 100 mil toneladas de embalagens longa vida recicladas, resultado vindo sobretudo de ações espalhadas pelo país, levando em consideração condições e demandas locais por meio de mapeamento realizado por um grupo de consultores contratados exclusivamente pela Tetra Pak – batizado de projeto Conexões.
“O ano passado foi especialmente desafiador, porque os preços dos materiais recicláveis caíram muito devido a condições econômicas. Assim, intensificamos nosso trabalho de campo para atenuar esse cenário e, no fim, conseguimos até superar marcas importantes de reciclagem”, explica a diretora de Sustentabilidade no Brasil e Cone Sul da Tetra Pak, Valeria Michel.
Em 2023, foram recicladas 104 mil toneladas de embalagens cartonadas, crescimento de 17% sobre o ano anterior (89 mil toneladas), e que representaram taxa de reciclagem de 39,1%, frente a 32,5% em 2022.
O desempenho do ano passado indica o fortalecimento do Projeto Conexões da Tetra Pak, que coloca mais de uma dezena de consultores ambientais em campo pelo Brasil todo a fim de facilitar o escoamento e reciclagem das caixinhas longa vida. Um dos exemplos que trouxe resultados positivos foi o Projeto DNC, desenvolvido no Rio Grande do Sul, e que buscou maior engajamento de cooperativas e catadores na coleta de caixinhas.
A ação igualou o preço da embalagem cartonada ao do papelão por meio de incentivos dados pela Tetra Pak em regiões mais distantes da área metropolitana de Porto Alegre, mas que respondem por 45% da população do estado, e onde havia menos comercialização e reciclagem dessas embalagens pela grande distância com os maiores centros urbanos.
O resultado: foram recicladas nesta região 493,9 toneladas de embalagens cartonadas em 2023, salto de 217% sobre o volume do ano anterior (155,8 toneladas). E a expectativa é de que os volumes continuem crescendo, gerando mais renda para todos envolvidos nesta cadeia.
“Esse é um exemplo de como o projeto Conexões ajuda a melhorar a cadeia de reciclagem da caixinha”, afirma Michel. “Somos bastante criteriosos na escolha dos projetos que receberão nosso incentivo, isto porque, como já reciclamos uma quantidade significativa de embalagens pós-consumo, o nosso maior desafio é trazer adicionalidade de volumes, e não simplesmente movimentação na cadeia”, acrescenta.
No ano passado, foram investidos cerca de R$20 milhões pela Tetra Pak em projetos de sustentabilidade, incluindo diversas ações na cadeia de reciclagem, como estruturação de recicladores e cooperativas, além de projetos sociais e de educação ambiental.
Outra ação que está trazendo musculatura cada vez maior para o processo de reciclagem da caixinha longa vida, e também fruto do Conexões, está sendo desenvolvido na região Sudeste, com foco especial na cidade de São Paulo. O projeto Resgate tem como objetivo facilitar o escoamento das cooperativas de São Paulo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Rio de Janeiro que estejam enfrentando desafios ou tenham paralisado a vazão da embalagem longa vida.
Para isso, foi fechada parceria por meio de apoio financeiro com a Ferpack, comercializadora de materiais recicláveis e que se transformou na primeira a exclusivamente trabalhar com embalagens cartonadas, ampliando o escoamento das caixinhas e reacendendo o interesse de cooperativas de catadores pelo material. Só no ano passado, esse trabalho resultou em mais de 1 mil toneladas de caixinhas pós-consumo coletadas para reciclagem, 25,5% a mais do que a meta pré-estabelecida para o projeto.
Fonte: Néctar Comunicação