The GoodBottle chega ao Brasil e aposta em biopolímeros para substituir plástico descartável

A The GoodBottle anuncia sua chegada ao Brasil oferecendo biopolímeros biodegradáveis como alternativa ao plástico descartável. A startup portuguesa criada em 2021 é liderada por Marianela Mirpuri, responsável pelo desenvolvimento científico e pela patente internacional da tecnologia, em parceria com os empresários Claudio Olímpio e Flavia Motta.

“O objetivo da The GoodBottle é oferecer um produto premium acessível, que combine desempenho técnico, qualidade superior e sustentabilidade real. Nossos biopolímeros são certificados internacionalmente e compatíveis com processos industriais em escala global, oferecendo às empresas uma alternativa prática e responsável ao plástico convencional. Queremos mostrar que é possível unir inovação, impacto ambiental positivo e viabilidade comercial em cada embalagem”, afirma Marianela Mirpuri, CEO e idealizadora da startup portuguesa.

O Brasil, conhecido por sua biodiversidade e riqueza em biomassa, concentra insumos naturais como açaí, coco, cupuaçu, bambu, amido e bagaço de cana. Esses recursos são estratégicos para a produção de biopolímeros, permitindo gerar valor agregado, reduzir resíduos e impulsionar o desenvolvimento regional.

Apesar desse potencial, o Brasil enfrenta um desafio urgente: é o 4º maior produtor mundial de lixo plástico, com geração anual de aproximadamente 11,3 milhões de toneladas (WWF Brasil, 2019); recicla apenas cerca de 1% do total gerado, equivalente a aproximadamente 145 mil toneladas (Governo do Brasil / FUNDJ, 2024); e despeja cerca de 1,3 milhão de toneladas de plástico nos oceanos todos os anos (Oceana Brasil, 2024). Globalmente, o volume de plásticos descartados no meio ambiente chega a 22 milhões de toneladas por ano, com projeção de aumentar para cerca de 53 milhões de toneladas até 2030 (PNUMA, 2021).

É neste cenário que a The GoodBottle oferece uma alternativa comprovada ao plástico tradicional. Desenvolvida com apoio da Universidade do Minho em Portugal, a tecnologia combina algas e biomassa em biopolímeros que atingem 74% de biodegradação em 45 dias e até 90% em 12 meses, dependendo das condições de compostagem. O material é compatível com processos industriais de injeção e extrusão, permitindo escala comercial imediata.

O mercado brasileiro de bioplásticos cresce em ritmo acelerado, com previsão de 12,8% ao ano até 2027, enquanto o crescimento global chega a 15,2% ao ano (Mordor Intelligence, 2023). A The GoodBottle já iniciou negociações com grandes players nacionais, parcerias com produtores de eventos no Brasil e exterior e colaborações com indústrias injetoras locais, fortalecendo o desenvolvimento regional e gerando impacto socioambiental positivo.

“O conceito da The GoodBottle foi desenvolvido para ajudar indústrias a se afastarem das embalagens plásticas tradicionais, oferecendo uma solução sustentável, biodegradável, compostável e reciclável. Guiados pela visão de um planeta mais limpo e de melhor saúde para as pessoas, nossa missão é transformar a forma como empresas produzem e utilizam embalagens, gerando impacto socioambiental real e escalável.”, afirma Claudio Olímpio,  sócio da startup.

Fonte: Beyond Growth e foto: divulgação

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