Evento reuniu executivos de grandes corporações do setor de embalagem, da indústria de produtos de consumo e do varejo.
O desenvolvimento sustentável das embalagens foi o foco do Fórum Embalagem & Sustentabilidade, promovido pelo Instituto de Embalagens, no último dia 09 de novembro, no Espaço Nobre FIESP, em São Paulo, que reuniu 208 participantes.
Anícia Pio, gerente do Departamento de Desenvolvimento Sustentável da Fiesp, enalteceu a importância da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) que prevê a responsabilidade compartilhada de toda a cadeia produtiva na gestão da sustentabilidade. “Somos todos responsáveis para que esta lei não fique no papel. É um desafio enorme, mas há também oportunidades para gerar novos negócios”.
Júlio Nogueira, gerente de meio ambiente e sustentabilidade da Klabin, falou sobre o Programa de Resíduos Sólidos implantado, em 2013, pela empresa em sete municípios do Paraná – Imabú, Ortigueira, Reserva, Tamarana, Telêmaco Borba. Tibaji e Ventania – para auxiliá-los a atender a PNRS. “Foi feito um diagnóstico inicial para cada município para definir as necessidades de cada um em relação à gestão dos resíduos sólidos, como equipamentos, caminhões, barracões e construção de aterros”. O objetivo, segundo ele, é a expansão do Programa para atingir mais municípios.
Reinaldo Kühl Júnior, category leader Latam South da Owens-Illinois, apresentou o projeto Retorna Machine que prevê a logística reversa das embalagens de vidro. O projeto piloto foi implantado, em 2017, na sede da empresa, em São Paulo. “O próximo passo é colocar no varejo. A primeira máquina foi instalada no supermercado Tenda, em Guarulhos”.
Paulo Pompílio, diretor de relações corporativas e sustentabilidade do GPA (Grupo Pão de Açucar), falou sobre as várias ações de reciclagem de embalagens da companhia. Uma delas, segundo ele, são as Estações de Reciclagem Pão de Açúcar e Unilever, implantadas em 2001. “O projeto conta hoje com 94 estações no Brasil e reciclou 111 toneladas de resíduos até 2018”. Ele também citou o Programa de Reciclagem Novo de Novo, em 2009, e a reciclagem de cápsulas de café em parceria com a Nestlé iniciada em 2016.
Adriana Fregoso, gerente de embalagem da L´oreal Brasil, apresentou a ferramenta SPOT, utilizada globalmente pela empresa, que permite mapear 100% da cadeia de valor, desde a compra dos insumos até a quantidade de água que o consumidor vai utilizar para consumir o produto da marca. “No Brasil, 42% das embalagens tiveram o seu perfil ambiental e social melhorado em 2018”, afirma.
Erik Novaes, diretor de suprimentos e sustentabilidade da AMBEV, falou sobre o projeto 100+ que contempla cinco frentes: agricultura sustentável, consumo de água, economia circular (embalagem circular), mudanças climáticas e fomento ao empreendedorismo. Na área de embalagem, segundo ele, a meta é ter 100% das embalagens retornáveis ou mais de 50% com conteúdo reciclado até 2025.
Leonardo Lima, diretor de sustentabilidade do McDonald´s, apresentou um projeto piloto que prevê a reciclagem de canudos plásticos. A ideia, segundo ele, é que o material reciclado seja utilizado para produção de bandejas para uso nos restaurantes da franquia.
Zita Krammer, gerente de embalagens para América Latina da Unilever, falou sobre o projeto PCR que utiliza polietileno (PE) reciclado pós-consumo em grande escala implantado no Brasil. A resina é utiliza na produção de embalagens da linha hair da companhia. Para implantação do projeto PCR, a empresa enfrentou vários desafios, como o desenvolvimento da cadeia de reciclagem de PE para conseguir ter uma resina reciclada pós-consumo que não afetasse o perfume dos produtos nem as cores do portfólio, a escassez da resina e o preço.
Alexandre Cezilla, gerente executivo geral de marketing da Suzano Papel e Celulose, apresentou o primeiro papelcartão para copos, que é 100% biodegradável, compostável e produzido no Brasil, uma grande inovação no mercado nacional. Trata-se da sua nova linha de copos Bluecup Bio°, que não utiliza revestimento em polietileno e sim material biodegradável.
O evento foi patrocinado pela ExxonMobil, FuturePack, Klabin e Suzano e contou com o apoio da Valfilm e da FIESP/CIESP.