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Pesquisa mostra balanço de 2019 para as micro e pequenas indústrias

O ano de 2019 foi de estagnação para as micro e pequenas indústrias (MPI’s) do estado de São Paulo. O Indicador de Atividade da Micro e Pequena Indústria de São Paulo, encomendado pelo Sindicato da Micro e Pequena Indústria (Simpi) ao Instituto Datafolha, traz na 82ª rodada, um balanço com os resultados do ano passado. Os indicadores ainda não apresentaram uma retomada positiva e fecharam o ano com números próximos aos alcançados entre 2013 e 2014, quando o cenário mudou e se transformou em crise. Esta é uma base deteriorada, que vem sofrendo com resultados negativos, mesmo que alguns indicadores demonstrem melhora ainda não compensam as perdas dos últimos anos.

Índice de Satisfação

Baseado nos resultados relacionados à avaliação da empresa, faturamento e margem de lucro, o Índice de Satisfação fechou o ano registrando média de 108 pontos. Os 120 pontos registrados no último mês, fizeram deste o melhor dezembro desde 2013.

Apesar da melhora em relação aos quatro últimos anos, que foram de intensa crise, o índice ainda não chegou ao patamar de 2013 e 2014, quando registrava 113 e 112 pontos, respectivamente, isso se deve à base deteriorada que ainda não conseguiu recuperar os resultados. Mesmo com a melhora no índice este ano ainda não foi possível compensar as perdas dos anos anteriores.

Índice de Investimentos

O Índice de Investimentos das MPI’s segue inalterado. Em 2019 os investimentos mantiveram os mesmos 29 pontos alcançados nos anos de 2015, 2017 e 2018.

As pequenas indústrias apresentam resultados melhores do que as micro, em relação aos investimentos, como pode ser visto no gráfico abaixo:

Contratações e demissões

Apesar da leve melhora registrada em dezembro, com 103 pontos, puxada pelos empregos temporários e intermitentes, o Índice de Contratação e Demissão fechou 2019 com 99 pontos. Isso representa que no ano houve mais demissões do que contratações. Quando o índice está acima de 100 pontos, significa saldo positivo de vagas, já abaixo demonstra saldo negativo.

A média anual está negativa desde 2014, tendo como pior resultado o do ano de 2016, quando o índice registrou 85 pontos.

Capital de Giro

O capital de giro fechou o mês de dezembro de 2019 sendo insuficiente ou muito pouco para 45% das MPI’s.

O cheque especial foi usado por 21% e o empréstimo pessoal por 6%. Mesmo com os altos juros do cheque especial e do empréstimo pessoal impagáveis, somando os dois, 27% das MPI’s usaram para acessar o capital de giro. Este é o pior resultado do ano. Em dezembro de 2018, a porcentagem de micro e pequenas indústrias que utilizava o cheque especial e o empréstimo pessoal atingiu 19%.

Situação econômica do país

O índice bimestral da pesquisa, que avalia a situação econômica do país, teve crescimento positivo em dezembro, sendo considerada ótima/boa por 19% das micro e pequenas indústrias, em outubro eram 12%. Os que acreditam que está regular somam 32% e os que consideram ruim/péssima foram 48%.

O presidente do Simpi, Joseph Couri, analisa o resultado. “O balanço do exercício de 2019 aponta o tamanho dos desafios a serem superados e vencidos em 2020, sob pena de termos cinco anos seguidos perdidos”, ressaltou o presidente.

A pesquisa

O Indicador de Atividade da Micro e Pequena Indústria de São Paulo, encomendado pelo Simpi e efetuada pelo Datafolha, é reconhecido como sinalizador de tendência. É importante salientar que 42% das MPI’s de todo Brasil estão em São Paulo.

A coleta de dados ocorreu entre os dias 6 e 19 de dezembro de 2019.

A íntegra das 82 pesquisas Simpi/Datafolha, desde março de 2013, está disponível no site da entidade (http://www.simpi.org.br).

Fonte: NA Comunicação e Marketing