A procura dos brasileiros por itens relacionados à limpeza, produtos para bebê e alguns mantimentos cresceu de forma significativa entre janeiro e fevereiro deste ano, período em que começaram a ser confirmados os primeiros casos de coronavírus no país. E as vendas de álcool em gel seguem em forte expansão em março. As informações são da Ebit|Nielsen, referência em análises do comércio eletrônico no Brasil.
As vendas online de “gel antisséptico higienizador de mãos” no Brasil, após o anúncio de pandemia, atingiram o maior nível do mês de março. Elas já haviam crescido 4 vezes no mês passado e ultrapassado faturamento total de R$ 1 milhão.
A subcategoria “álcool gel”, que antes representava menos de 1% da categoria “Saúde”, no dia 16 de março deste ano chegou a 9% do faturamento. Ou seja o total comercializado — dado nominal — ultrapassou o montante comercializado durante todo o mês de fevereiro do ano corrente.
O aumento no volume de compras online de produtos, como termômetros e desinfetantes, também foi resultado direto da crise decorrente do novo coronavírus. O primeiro cresceu 45% e o segundo item, 14% no período, com faturamentos de R$ 793,140 mil e de R$ 828,037 mil, respectivamente.
Já fraldas (26%), papinhas (51%) e lenços umedecidos (10%) também tiveram destaque no crescimento das vendas em fevereiro na comparação com janeiro, segundo a Ebit|Nielsen.
Destaque também para o aumento de 10% nas compras de comidas enlatadas e conservas, para um valor total de quase R$ 1,5 milhão em fevereiro.
Os itens que registraram crescimento de vendas online estão na contramão da média do mês, que apontou queda de 20% no faturamento na comparação com janeiro. As compras desses itens chamam atenção, portanto, porque historicamente o segundo mês do ano tem faturamento menor do que o primeiro, que, além de ter mais dias, é marcado por saldões.
Fonte: Caravelas