Em uma fábrica de embalagens, a máquina de transformação de plásticos é o item que mais consome eletricidade. Segundo estimativas da Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Plásticas Flexíveis (ABIEF), a conta de eletricidade pode chegar a responder por cerca de 15% da despesa total das empresas do setor. Diante da alta constante das tarifas de energia, fontes naturais de eletricidade se tornaram alternativa para empresas deste segmento manterem a produção com menos custo.
É o caso da Multipack Nordeste, que produz em média 7 milhões de peças por mês, entre potes para sorvetes, garrafas e galões PET para água, refrescos, produtos de limpeza, pagando 75% menos de conta de luz, após instalar a sua própria usina fotovoltaica na planta da zona industrial de Macaíba, no Rio Grande do Norte.
Glauber Jacome, diretor da Multipack, ressalta que a economia proporcionada pela tecnologia fotovoltaica foi decisiva para investir em sistema de geração própria de energia. “Já usávamos há três anos a energia solar em outra empresa do grupo, a fábrica de produtos de limpeza, e no ano passado resolvemos instalar a usina solar na fábrica de embalagens”, afirma o industrial.
A energia proveniente da luz solar é usada durante quatro horas por dia, período de maior incidência solar, para movimentar os maquinários, as maiores fontes consumidoras de eletricidade. O executivo afirma que antes da instalação da usina de energia solar a despesa com conta de luz chegava em torno de 17 mil reais por mês, valor que corresponde por cerca de 5% das despesas da fábrica. Com pouco mais de seis meses da instalação, o sistema reduziu os gastos com a eletricidade para 4 mil reais mensais. Por enquanto, a economia gerada é usada no pagamento do financiamento do projeto.
Projetado pela Enerbras Energias Renováveis, a usina de energia solar da Multipack ocupa uma área de 1,7 mil m2 do telhado da fábrica. O sistema com quase 350kWp conta com cerca de 800 placas fotovoltaicas de 440W cada, conectadas a nove inversores Fronius Eco 27.0, capazes de gerar 600mil kWh de energia.
Segundo Helder Ferreira, diretor geral da Enerbras no Brasil, o modelo Eco da Fronius foi o mais indicado para o projeto, pela confiabilidade, baixo custo de manutenção, por possuir um sistema de monitoramento com memória prolongada que protege os dados históricos em caso de perda de comunicação com a Internet, além de oferecer a possibilidade de instalação do Smartmeter (medidor de energia inteligente). E “a confiabilidade da marca e o suporte técnico direto no Brasil que ela oferece também foram decisivos para a escolha”, conclui executivo.
Fonte: Lilás Comunicação