Em 2021, a Irani, uma das principais indústrias de papel para embalagem e embalagem de papelão ondulado, completa 80 anos. É uma trajetória longa que poucas empresas conseguem chegar e com tanto vigor pensando no futuro. O segredo para a longevidade da companhia, segundo Sérgio Ribas, diretor-presidente da Irani, são os valores de integridade e cuidado com as pessoas.
Depois da aquisição da Irani pela Habitasul, a companhia cresceu muito rápido. Estava entre as 15 maiores e, agora, é a terceira maior do setor de papel. “Foi um avanço muito significativo e a compra da São Roberto elevou a relevância da empresa no setor de papel e papelão ondulado”, afirma o executivo.
O ciclo de crescimento não para. A Irani está investindo R$ 743 milhões em cinco projetos da Plataforma Gaia visando a expansão da capacidade e maior competitividade que devem ser concluídos até 2023. Um deles é o investimento em uma caldeira de recuperação que utiliza a lignina como insumo para produção de energia na planta de Santa Catarina, que vai garantir autossuficiência.
A companhia também está expandindo a capacidade de produção de embalagens de papelão ondulado em 53% na fábrica de Santa Catarina com o objetivo de atender o crescimento do segmento de carnes no mercado interno e externo.
Além desses dois projetos, a Irani também está ampliando a máquina 2 de papel para sacolas, segmento que cresceu exponencialmente pela substituição das sacolas plásticas utilizadas pelas lojistas dos shopping centers e pela disparada do delivery na pandemia. “Estamos investindo nesta máquina, aumentando a produção de papel kraft que tem certificação FSC e brilho o que torna um produto diferenciado para o segmento de sacolas”, explica Ribas. Os dois outros projetos da plataforma Gaia se referem a duas centrais hidrelétricas que darão autossuficiência total da empresa em energia que é um dos custos mais altos das indústrias de papel.
Práticas ESG
Eu costumo dizer que esta febre ESG já existia nas organizações virtuosas e agora está ganhando luz e maior exposição principalmente nessa demanda social por produtos mais sustentáveis. “ESG é o conjunto da obra porque se nós olharmos os quatro pilares, mais o da governança, a questão financeira diz respeito a tudo que se faz na empresa com tecnologia, processos e gestão para chegar num resultado diferenciado”.
As indústrias de papel e celulose têm exigências muito rígidas com relação ao uso de recursos, consumo de água, manejo florestal. “Hoje, elas contribuem muito para a remoção de CO2 em função da quantidade de florestas plantadas. Nós removemos 500 mil toneladas de CO2 por ano. Estamos conseguindo mostrar o quão virtuoso é este setor e o quão importante e o quão sustentável é o setor de papel e celulose é no Brasil”, afirma o diretor-presidente.
A conexão com as comunidades locais onde a empresa está presente tem um papel social muito forte. “A diversidade é pauta fundamental nas empresas. Ter um ambiente mais diverso que seja quase um espelho da sociedade pode agregar para a criatividade e desenvolvimento de uma organização”.
A entrevista completa com Sérgio Ribas, diretor-presidente da Irani, pode ser assistida em nosso perfil do Linkedin.