A Green Ambiental, empresa de Tecnologia em Soluções Ambientais, implantou 14 novos coletores seletivos abertos ao público em Brasília, no Distrito Federal. Os equipamentos foram pensados especialmente para o vidro, material 100% natural e reciclável, mas que não é recolhido pela coleta seletiva da região. A cidade tampouco dispõe de cooperativas para otimizar a logística reversa, então as embalagens acabam em aterros junto ao lixo orgânico.
Com os novos coletores, ao menos 22 toneladas de vidro por mês terão o destino adequado no DF. Em parceria com a Owens Illinois (O-I), líder global na fabricação de embalagens de vidro, a Green vai encaminhar o volume recolhido para reciclagem na fábrica mais próxima da empresa, localizada no Rio de Janeiro (RJ). “Queremos ampliar essa discussão da reciclagem com a população. Todos deveriam pensar mais a respeito dos resíduos que geramos e para onde eles vão”, diz Lúcia Moreira, coordenadora de sustentabilidade da O-I.
Os equipamentos receberam o nome de Ecolix e são fabricados pela Contemar, multinacional espanhola de conteiners de lixo. As 14 unidades estão distribuídas em quadras residenciais, onde os moradores podem depositar potes, garrafas e outras embalagens de forma segura. “Cada coletor comporta até 800 quilos. A Green faz a coleta duas vezes por semana. Esses coletores são fáceis de usar, estão com visual amigável e intuitivo para o cidadão. O modelo facilita o descarregamento do vidro nos caminhões, que vão para a O-I. O processo todo ganhou agilidade. Agora é possível recolher em menos de 10 minutos”, explica Roberto Bretas, sócio da Green Ambiental.
Além dos Ecolix, a empresa participa de outros projetos de reciclagem do vidro no DF. Junto à O-I, são parceiros em uma iniciativa do Instituto Ecozinha, que recolhe vidro de bares, restaurantes e outros estabelecimentos enquadrados na Lei dos Grandes Geradores, que determina a esses locais a responsabilidade pela coleta, transporte e destinação do lixo que produzem.
“O vidro hoje está deixando de ser um problema para se tornar uma causa em Brasília. Até 2018, o ciclo de logística reversa não fechava, a coleta era rudimentar e de pouca eficiência, feita com caçambas ou improvisada com tambores de plástico. Com o surgimento da Green, entendemos que a segurança no descarte e coleta era fundamental, por isso investimos nos Ecolix para maior segurança da população e dos profissionais da coleta seletiva”, conta Roberto.
A empresa quer aumentar a quantidade de equipamentos disponíveis até o fim do ano. A meta é subir de 14 unidades para ao menos 100, que serão capazes de receber de forma integrada um volume próximo a 600 toneladas por mês e que serão 100% recicladas pela O-I.
Fonte: Ketchum